por Paulo Vinícius
Publicado 11/12/2020 13:48
Karl Marx e Friedrich Engels
No conjunto do
mundo, particularmente nos países menos desenvolvidos, a bandeira da luta pela
liberdade e pela independência nacional, abandonada pela burguesia
capitulacionista passará às mãos das forças progressistas que almejam
transformações radicais da sociedade. Grandes países, como a Índia e o Brasil,
apresentando formas inovadoras de passagem ao socialismo, poderão alcançar
expressivas vitórias. Assim será o século XXI. Em seus começos, haverá sombras
e luzes, mais sombras do que luzes. Depois, o quadro se inverterá. A humanidade
viverá tempos de grandes esperanças.
João Amazonas
Por manhãs de sol e
Socialismo.
UJS
Um espectro ronda a
Humanidade, o Espectro do Comunismo. Todas as potências imperialistas unem-se
numa Santa Aliança para conjurá-lo: Edir Macedo, Trump e Bolsonaro, desde
a direita mais rançosa à esquerda mais pós-modernosa.
No entanto,
estranhamente, 3 décadas após a Queda do Muro e o Fim do Comunismo, o
Capitalismo é que vai mal das pernas, e nos convida, matreiramente, a curtirmos
a barbárie. Enjoy it! A gente assiste, mas é conosco… E dói. Essa
alienação que se resume num sentimento de impotência, angústia e inação é
o sequestro da vontade do oprimido, é a domesticação. A vida não está na caixa,
e a verdade está lá fora.
Já o Socialismo,
vai bem, obrigado. Não é que não haja problemas, a crise é universal. Contudo,
nas provas da vida, no passado e no presente, o socialismo vive. Não se joga
pedra em árvore que não dá fruto. Diante da crise da pandemia, é cristalina a
diferença: quem está no socialismo tem muito menos chance de morrer e é muito
melhor tratado que nos países capitalistas. Vá atrás dos dados da COVID. Ano
que vem, a China terá uma taxa de crescimento que causará ondas positivas em
toda a economia mundial. O “mercado” quer vender as vacinas, gente… A gente que
lute.
O socialismo não é
o problema, mas a solução para o mundo e para o Brasil. A vitória do
capitalismo com o fim da URSS está na raiz do momento com o qual a Humanidade
se defronta hoje, a encruzilhada histórica: socialismo ou morte. O capitalismo
teria vencido, só que não. Afinal, no Dia Seguinte, já ficou claro que o
capitalismo só assegura o crescimento do capital, não está habilitado a gerir
racionalmente ou “alocar recursos” com vistas ao futuro da vida humana na
Terra, pois precipita o colapso, não o evita. Lembro que nas reflexões de Fidel,
sempre estava a advertência sobre a necessidade de lutar pela sobrevivência da
humanidade. Crescentes são as evidências científicas e os trágicos episódios em
que o consumismo desenfreado e irracional, a concentração de renda de uma nova
sociedade de castas e o parasitismo do rentismo, a jogatina financeira, nos
levam em meio a guerras pela tortuosa estrada da barbárie nossa de cada
dia.
Cara, a vida tá
triste demais. Nós podemos sonhar, nós podemos lutar, nós temos o dever de
mudar essa realidade que nos envergonha, entristece, ameaça nossas vidas e dos
nossos amores… é preciso manter levantada a bandeira da foice e martelo, porque
é a nossa aspiração mais fundamental de igualdade, liberdade e trabalho como
realização mesma da emancipação humana. Nada é mais atual.
Assim, antes de
tudo, é preciso ver para onde vão os ventos. E o Socialismo é necessidade
histórica, não mero ato de vontade, embora não possa dela ser separado, porque
é exatamente o Partido Comunista, o Príncipe Moderno, a vontade coletiva que
pode assegurar à Humanidade um futuro num regime novo, atual que integre
economia mista e ampla democracia.
O mercado, sob o
imperialismo, é, em verdade, monopólio. Irracional, não leva em conta os
múltiplos aspectos envolvidos na vida. Vige plenamente aquela esperança do
socialismo, tão bem descrita por Abreu e Lima, em 1855: “Em que consiste o
Socialismo? Na Tendência do gênero humano para tornar-se ou formar uma só e
imensa família.” A humanidade é cada vez mais uma só, e as consequências nos atingem
a todos e a todas, é exatamente essa possibilidade que coloca o socialismo
ainda em seu nascedouro como experiência humana, mas imprescindível para
descortinar um futuro de paz, festa, trabalho e pão. Os 1% que concentram mais
riqueza que os demais 99% da população da Terra tem seu roteiro funesto, e a
nós não cabe outra opção que não seja a Resistência, porque sobreviver é
resistir.
Há tanto a
reconstruir, tantas vidas a salvar. É tão bonito o povo em movimento. Nós não
apenas sobrevivemos, mas havemos de ver a viragem da onda. É isso que eu sinto
quando eu penso em Manuela e na minha geração. Preparemo-nos!
Não podemos abrir
mão jamais do sonho, da responsabilidade, porque essa é a condição própria da
vanguarda.
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