domingo, 28 de novembro de 2021

A CTB TAMBÉM FAZ PARTE DA HISTÓRIA DO SINTEPE

 Por Dedé Rodrigues



A nova direção do Sintepe convocou o Conselho de Representantes, para o primeiro encontro dos conselhos, pós-pandemia, nos dias 25 e 26 de novembro. Na ocasião fizeram uma homenagem aos ex: presidentes dessa entidade. Segundo publicação no Sintepe Regional Pajeú, “Na abertura do Conselho do SINTEPE esta mesa representa a histórica luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação de Pernambuco. São os presidentes e presidentas do nosso sindicato: Horácio Reis, Paulo Valença, Teresa Leitão, Heleno Araújo, Fernando Melo e Ivete Araújo. Viva o passado, presente e futuro! Não existe nenhum problema em homenagear presidentes de entidades, mas  quem estava presente e atento percebeu que nas falas de todos, de forma deliberada, não citaram o papel dos milhares de  sócios da entidade, não citaram as outras correntes ideológicas que fazem parte da história do SINTEPE; não citaram muitas outras lideranças, em especial da CTB,  que ocuparam cargos importantes na direção, inclusive o de presidente.  Qual teria sido o motivo? Seria autopropaganda política? Seria porque estas correntes pensam diferente da Artsind?  Não existe, nesse caso, um resgate de um  viés deturpado da história eurocêntrica que só citavam os “grandes homens” a frente das guerras, dos fatos e dos países?  A CTB  faz parte da história do Sintepe, deixá-la de fora é negar parte importante da história dessa entidade.  

É bom que lembremos que os comunistas fazem parte da história do Sintepe desde a aliança com a Artsind, em 1996, quando éramos da Corrente Sindical Classista, CSC,  naquele momento, hoje Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a CTB. Durante esse período ocupamos aproximadamente 30% das forças nos cargos de direção. Além disso tivemos nas direções 3 vices (Antonieta, William e Valéria) e a Presidência, nesse curto espaço de tempo, de Dezembro de 2020 a Julho 2021, da nossa brava camarada Valéria Silva. É preciso registrar ainda: a Tesouraria com Wilson, Secretarias Gerais com Antonieta, Valéria, Elisangela, Vânia e William. Ocupamos nesses mandatos também as Secretarias de Formação, Interior, Gênero e Patrimônio, como cargos também importantes da CTB na direção do Sintepe durante todo esse período histórico.

É bom lembrar também que, além das correntes que estavam nas últimas gestões, Articulação Sindical, Articulação de Esquerda e a CTB, milhares de lideranças dos 15 setoriais metropolitanos, 13 núcleos regionais e centenas de delegados municipais estiveram a frente das principais lutas do Sintepe em toda sua história. Eu, por exemplo, fiz parte de todo o comando de greve de 1997 até os dias atuais em minha cidade. São 24 anos de luta em defesa da categoria. E por que não citaram as outras correntes de pensamento que não fizeram parte da gestão, mas  fizeram parte desses 31 anos de lutas do Sintepe?  As reclamações do monopólio dessa entidade pela Artsind partem até de outras correntes do PT, a Articulação de esquerda,  que faz parte da própria direção atual, como ouvi reclamação de muitos. Tudo isso não é parte da história do Sintepe?  Não se deve fazer gestão  sindical tentando invisibilizar todos que os pensam diferente.

Os membros da nova direção do Sintepe estão trilhando um caminho, no mínimo equivocado, que nós da CTB já tínhamos alertado na última eleição. Da forma com agem, excluindo todos os que pensam diferente deles, não contribuem com um sindicato democrático, plural e de luta. A unidade da categoria fica prejudicada e toda ação do sindicato fica comprometida. Um Sindicato, verdadeiramente democrático, não pode estar a serviço ou promoção de lideranças políticas ou de uma corrente ideológica. Todos os trabalhadores, correntes de pensamento e partidos fazem parte da história do Sindicato e merecem reconhecimento e respeito.  

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