CNTE e Apeoesp pediram para o presidente a revogação da Lei que instituiu novo ensino médio, além da descontinuidade das escolas cívico-militares
por Redação
Publicado 08/03/2023 16:33 | Editado 08/03/2023 16:34
A deputada estadual Professora Bebel (PT-SP), presidente da Apeoesp, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da CNTE (Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação), Heleno Araújo. Foto: Ricardo Stuckert
Na terça-feira (7),
o presidente Lula esteve reunido com representantes da Confederação Nacional
dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e do Sindicato dos Professores do Ensino
Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), ocasião em que pediram a revogação do
novo ensino médio.
Aprovada em 2017, a
Lei que estabeleceu a medida foi aprovada pelo governo de Michel Temer.
“A ideia é revogar
o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma
Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem
qualquer diálogo com os setores da área de educação. Apresentamos a demanda de
revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular”, afirmou Heleno
Araújo, presidente da CNTE, à Agência Brasil. Segundo ele,
Lula foi sensível aos problemas apresentados e prometeu analisar melhor o
pedido.
Na semana passada,
o ministro da Educação, Camilo Santana, não falou em revogação, mas disse que
um grupo de trabalho será criado para reunir todos os setores educacionais
interessados e discutir o andamento do novo ensino médio.
A implementação do
novo ensino médio ocorre de forma escalonada até 2024. Em 2022, ela começou
pelo 1º ano do ensino médio com a ampliação da carga horária para pelo menos
cinco horas diárias. Pela lei, para que o novo modelo seja possível, as escolas
devem ampliar a carga horária para 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete
horas diárias. Isso deve ocorrer aos poucos. Essa ampliação da carga horária é
uma forma de fazer com que as escolas ofereçam ensino integral aos seus
estudantes, mas profissionais da educação criticam a falta de estrutura mínima.
Escolas
Cívico-Militares
Durante a reunião
com a CNTE, Heleno Araújo afirmou que Lula também se comprometeu em
descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar (Pecim), criado em
2019 pelo governo de Jair Bolsonaro e que tem cerca de 200 escolas públicas de
todo o país envolvidas.
*Informações
Agência Brasil
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