Cajado deve ir até
a Câmara para participar de reunião técnica da Comissão de Educação e prestar
esclarecimentos
por André Cintra
Publicado 22/05/2023 12:02 | Editado 22/05/2023 12:30
Cláudio Cajado
(PP-BA), o relator da proposta do novo arcabouço fiscal na Câmara, está sob
ataque. A exemplo das entidades estudantis e das centrais sindicais,
parlamentares pressionam o deputado a retirar o Fundeb (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica) das regras que impõem limite de crescimento
de despesas.
Nesta terça (23),
Cajado deve ir até a Câmara para participar de reunião técnica da Comissão de
Educação e prestar esclarecimentos. Nem mesmo a nota técnica divulgada pelo
relator no sábado (20) acalmou o ânimo da Casa.
Além do Fundeb, o
relatório do arcabouço incluiu o piso nacional da Enfermagem. Essa alteração de
última hora contraria a promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que
se comprometeu a não prejudicar áreas sociais, como Educação e Saúde, nas novas
regras fiscais.
O Fundeb é a
principal fonte de financiamento da Educação Básica no País e beneficia
especialmente os pequenos e médios municípios. No novo arcabouço, seu limite só
seria expandido em caso de aumento nos valores de complementação.
De acordo com a
consultoria da Câmara – que se pronunciou na semana passada – sua eventual
redução prejudicará outras despesas da Educação. “A inclusão da complementação
da União dentre as despesas limitadas pelo arcabouço fiscal obrigará a redução
de outras despesas, inclusive em programas educacionais, como os da merenda e
do transporte escolar, além do livro didático”, denuncia a consultoria.
Depois da
apresentação do projeto das novas regras fiscais, as entidades estudantis
também protestaram. “Quantas vezes teremos que repetir que educação é
investimento?”, questionou a UNE (União Nacional dos Estudantes). “O novo
Fundeb foi resultado de muita luta e não podemos aceitar o retrocesso de que
seja incluído no arcabouço fiscal. Precisamos garantir o funcionamento das
nossas escolas.”
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