A PGR e a AGU discutem que providências poderão ser tomadas de forma conjunta e cooperativa para garantir a reparação dos danos causados ao patrimônio das instituições
Por Iram Alfaia
Publicado 10/09/2023 14:00 | Editado 10/09/2023 21:09
Destruição na sede do STF após os atos golpistas do domingo (Foto:
Valter Campanato/Agência Brasil)
O Ministério
Público Federal (MPF) calcula que os atos golpistas do 8 de janeiro, que
culminaram com a invasão e depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes,
causaram um prejuízo de R$ 25 milhões aos cofres públicos.
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU)
discutem que providências poderão ser tomadas de forma conjunta e cooperativa
para garantir a reparação dos danos causados ao patrimônio das instituições.
“Trabalhamos para
que, além da responsabilização penal de quem praticou esses crimes, também
ocorra a reparação célere e segura dos prejuízos, o que pode ser viabilizado
com essa parceria com a Advocacia-Geral da União”, explicou o
subprocurador-geral Carlos Frederico Santos.
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O advogado-geral da
União substituto, Flavio José Roman, disse que a atuação coordenada e
concertada é fundamental para que se alcance resultados mais efetivos e sem
retrabalho desnecessário.
“As duas
instituições partilham dos mesmos propósitos de efetiva responsabilização e
reparação de todos os atores e de todos os danos, materiais e morais, causados
pelos atos antidemocráticos”, afirmou Roman.
O trabalho conjunto
poderá viabilizar medidas como o levantamento e conferência de dados, a
elaboração de laudos definitivos dos prejuízos e o acompanhamento de todas as
etapas processuais.
Outro avanço é que
a medida pode evitar retrabalho decorrente, por exemplo, da apresentação de
ações reparatórias e produção de prova em duplicidade.
É que tanto o MPF
quanto a AGU têm legitimidade para ajuizar esse tipo de ação. As tratativas
entre as instituições devem prosseguir para a definição das etapas e
procedimentos que serão adotados.
Com informações do
MPF
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