Manifestação de solidariedade se estende a todas as vítimas do conflito, israelenses e palestinas, mas Comissão destaca “não igualamos as responsabilidades”
por Murilo da Silva
Publicado 08/10/2023 17:20
Foto: ECCP
A escalada da
tensão entre Palestina e Israel ganhou novos capítulos neste final de semana. O
avanço israelense sobre o território palestino em oposição aos acordos
estabelecidos levou à eclosão do atual conflito.
Neste sentido, a
Comissão Política Nacional do PCdoB divulgou nota em que condena os ataques
realizados por determinação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
contra a Palestina. A Comissão manifestou solidariedade em pé de igualdade com todas
as vítimas desta escalada, israelenses e palestinas, mas lembra que as
responsabilidades para o atual cenário não são iguais, uma vez que Israel não
respeita as fronteiras estabelecidas em acordos internacionais.
Leia também: Brasil convoca
Conselho de Segurança da ONU para Palestina-Israel
Na nota ainda é
colocado que para se estabelecer paz na região é preciso a solução dos dois Estados,
israelense e palestino, em convivência respeitosa. Dessa maneira, é fundamental
um Estado Palestino viável, em respeito às fronteiras de 1967 e tendo como
capital Jerusalém Oriental.
O povo palestino
merece paz
O PCdoB condena os
ataques realizados por determinação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, contra a Palestina, como resposta ao contra-ataque, organizado pelo
Hamas, a partir da Faixa de Gaza, nas últimas horas, e que atingiu áreas civis
e militares.
Lamentamos e nos
solidarizamos igualmente com todas as vítimas desta escalada, israelenses e
palestinas, mas não igualamos as responsabilidades.
Esta guerra já está
em curso há muitos anos e há três décadas os palestinos fizeram concessões
importantes, nos chamados Acordos de Oslo, nunca cumpridos por Israel, que
garantiam negociações pacíficas como caminho para o estabelecimento de um
Estado Palestino independente, com fronteiras internacionalmente reconhecidas.
De lá para cá, não
apenas tal promessa foi esquecida como o pouco que restava do território
palestino foi sendo ocupado por assentamentos ilegais promovidos pelo Estado
israelense, diante da inércia das Nações Unidas.
Tal inércia
continuou diante dos cotidianos ataques e humilhações que a população palestina
sofre em seu dia a dia, incluindo uma rotina de bombardeios e incursões
militares.
A única maneira de
construir a paz na região é a solução dos dois Estados, israelense e palestino,
em convivência respeitosa. Para isso é necessário avançar no estabelecimento de
um Estado Palestino viável, com as fronteiras de 1967 e tendo como capital
Jerusalém Oriental.
O Brasil, como
atual presidente do Conselho de Segurança da ONU, possui papel importante e
prontamente convocou uma reunião de emergência com menção à solução dos dois
Estados.
Sair do imobilismo
e buscar propostas para a paz devem ser os objetivos a serem perseguidos no
imediato momento.
Comissão Política
Nacional do PCdoB
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