Febraban/Ipespe indica que a população reconhece o Bolsa Família como o programa mais importante para economia brasileira nas últimas décadas, seguido pelo Plano Real
por Murilo da Silva
Publicado 19/12/2023 14:40 | Editado 19/12/2023 15:19
Foto: Secom/PR
A pesquisa
semestral “Observatório Febraban (Federação Brasileira de Bancos)”, divulgada
na segunda-feira (18), indicou que o “Bolsa Família” está em primeiro lugar
entre os programas mais importantes para a economia brasileira nas últimas
décadas, apontado por 26% dos entrevistados. Em segundo lugar aparecer o Plano
Real (23%) e em terceiro a abertura da economia para o comércio internacional
(15%).
O estudo foi
encomendado ao Instituto de Pesquisas
Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), que realizou 3 mil
entrevistas telefônicas entre de 3 a 9 de dezembro com representantes de todas
as regiões do país. A margem de erro é de 1.8 pontos percentuais para mais ou
para menos e tem intervalo de confiança de 95,5%.
Leia também: Bolsa Família atinge marco histórico de investimento e
beneficiários
Conforme traz o
levantamento: “A menção ao Bolsa Família é maior entre as mulheres (29%); na
faixa de 18 a 24 anos (33%); entre os que estudaram até o fundamental (34%) e
na faixa de renda até 2 SM (35%). Por sua vez, a menção ao Plano Real é maior
entre os homens (26%, contra 19% entre as mulheres); na faixa de 45 a 59 anos
(29%, contra 12% entre os mais jovens); entre os que têm formação universitária
(34%, contra 16% entre os que estudaram até o fundamental); e no segmento de
renda acima de 5 SM (33%, contra 14% entre os que têm renda até 2 SM).”
20 anos de Bolsa
Família
Enquanto o Plano
Real completará 30 anos em 2024, o Bolsa Família completou 20 anos no último
mês de outubro.
Apontado como o
principal programa entre os mais importantes para economia brasileira, de
acordo com a pesquisa Febraban/Ipespe, o Bolsa Família foi criado pelo
presidente Lula em seu primeiro governo para combater a pobreza por meio da
garantia de renda, situação que fortalece o acesso a direitos básicos, como
saúde, educação e moradia.
Leia também: Bolsa Família potencializa acesso ao mercado de trabalho
formal
Entre 2003 e agosto
desse ano foram repassados pelo Bolsa Família para a população
brasileira R$ 853,19 bilhões, valor atualizado pelo Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isto o faz ser considerado o maior
programa de transferência de renda em todo o mundo.
Em 2023, o programa
terminará o ano com o alcance recorde de 21,06 milhões de famílias e
um investimento de R$ 14,25 bilhões (dezembro).
Importância
econômica
Desde o golpe que
destituiu a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, o Bolsa Família foi
paulatinamente desestruturado, até chegar ao ponto de ser substituído no
governo Bolsonaro.
Com o retorno de
Lula ao poder neste ano, o programa foi retomado com o valor mínimo de R$ 600
por família e valor extra de R$150 por crianças de zero a seis anos, além
de outros adicionais que podem ocorrer para gestantes, crianças e adolescentes.
Leia também: Bolsa Família tem maior benefício médio e vai a R$ 705
Este fundamental
incremento financeiro na vida de muitos brasileiros ainda tem importância
direta na economia dos munícipios.
De acordo com
estudo Banco Mundial (Bird), o
Bolsa Família é responsável por impulsionar o comércio local. O estudo revela
que dois terços dos gastos entre os beneficiários do programa social são
realizados em lojas formais, sendo que 54% são realizados com serviços.
Com base neste
estudo, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate
à Fome (MDS) ressalta que “o programa tem impacto de 2,16% no
Produto Interno Bruto (PIB) das regiões com famílias contempladas”.
O MDS ainda
evidencia que nos 20 anos de existência do Bolsa Família, 64% dos beneficiários
conseguiram deixar o Cadastro Único (que dá acesso ao programa), o que
demonstra o sucesso direto na evolução socioeconômica da população brasileira.
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