Operadora de saúde
terá que responder por dano moral e social coletivo. Investigação aponta para
assédio a trabalhadores para receitar kit covid e testes irregulares com
medicamentos
por Murilo da Silva
Publicado 07/02/2024 17:54
Sob a omissão do CFM, Prevent Senior indicava o kit covid aos pacientes
Na terça-feira (6) foi ajuizada uma ação da Justiça do Trabalho de São Paulo contra a Prevent Senior com a cobrança de R$ 940 milhões por dano moral e social coletivo. A ação pede que a empresa seja punida por irregularidades durante o auge da pandemia de Covid-19.
O valor de
indenização tem como base 10% do faturamento líquido da empresa entre 2020 e
2021, período pelo qual a empresa teria assediado médicos para prescreverem
medicamentos inúteis para combater a Covid-19, o mais conhecido deles a
cloroquina (para tratar malária e amebíase hepática), que compunha o chamado
Kit Covid com Ivermectina (antiparasitário). A empresa só parou de
fornecer o kit após assinar um TAC (termo de ajuste de conduta), em 2021.
Outra gravíssima
acusação é de que a empresa realizou experimentos com os pacientes, ou seja,
praticou tratamentos experimentais com medicamentos sem nenhuma aprovação de
órgãos oficiais.
Leia também: Médicos criticam omissão do Conselho Federal de Medicina
no caso Prevent Senior
Segundo os
Ministérios Públicos do Trabalho, o Federal e o de São Paulo, as acusações
feitas por médicos e pacientes foram confirmadas. Os investigadores ainda
constataram que a direção da Prevent Senior teria feito funcionários
trabalharem mesmo positivados para a doença. Além disso, o uso de máscaras era
recriminado, sendo só exigido a partir de novembro de 2020, e também foi
constatada a não exigência de vacina contra a covid para os colaboradores.
Em coletiva de
imprensa, os promotores indicaram que 2.848 trabalharam infectados com
Covid-19, fatos comprovados por registros de testes junto à Secretaria de Saúde
e o ponto dos trabalhadores. Seis empresas do grupo, que tem como sócios
Fernando e Eduardo Parrillo e as esposas, estão arroladas na ação.
*Com informações g1
e Folha
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