sexta-feira, 27 de abril de 2012

Espaço da Poesia

A seca de 2012

Meus amigos sertanejos
Escute o que vou falar
A seca de 2012
É coisa de desanimar
Uma seca como esta
Nunca se ouviu falar
Sofre pobre sofre rico
É triste a situação
Se ver o gado berrando
Esperando uma ração
Espera e não chega nada
Começa lambendo o chão

Eu abri a minha porta
E vi no meu curral
Minha vaquinha de leite
Hoje só tem o sinal
Um chocalho pendurado
E o rasto do animal

Eu faço verso de gado
Para o povo apreciar
Eu faço a terra tremer
E faço gado berrar
O gado está na roça
Corre tudo pra o curral
Vou terminar meus amigos
Me faltou disposição
Que o final da tristeza
Lavou meu coração
As lagrimas molham o papel
E o lápis caiu da mão

E deixo o meu nome de poeta
Em três letras somente um N. S. S. pra que foi inteligente
Neuza de Siqueira Souza
Que nasceu para o repente.

Me desculpe, que
 Já tenho 76 anos.

Poema enviado para o Tabira Notícias pelo amigo e leitor do nosso Blog Henrique Siqueira.

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