Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Nem começou a campanha eleitoral e ela parece já estar
acabada.
A não ser que haja uma surpresa extraordinária, Dilma já
ganhou, e no primeiro turno, conforme mostra a última pesquisa do Datafolha.
Duas coisas se juntam.
Primeiro, Dilma se afirmou perante a voz rouca das ruas como
uma mãe austera, dedicada, honesta e competente.
Segundo, aos rivais parece faltar agudamente oxigênio mesmo
antes que a corrida comece. Nada autoriza prever que algum deles adquira
suplemento de ar nos próximos meses.
Dilma, na última eleição, saiu de trás, quase do zero, mas
ela tinha um presidente extraordinariamente popular empurrando-a. Nem Marina,
nem Campos e nem Aécio têm isso.
Dilma pegou, ponto.
Ela desperta menos rejeição, sobretudo no extrato mais
conservador da classe média, do que Lula. Não pesam contra ela preconceitos
como a falta de diploma ou a origem nordestina. E nem ela foi tão intensamente
perseguida pela mídia.
A economia poderia mudar alguma coisa? Só se houver um
colapso, e disso não há sinal nenhum.
Delfim Netto, na ditadura militar, consagrou a infame tese
de que o bolo tinha que crescer para ser distribuído. A pobreza se alastrou
intensamente pelo país, e um punhado de amigos do poder – as famílias que
controlam a mídia, por exemplo — acumulou fortunas.
Agora é diferente.
A prioridade é dividir menos abjetamente o bolo, de tal
forma que o Brasil se desfavelize.
Isto – reduzir a desigualdade, dividindo o bolo do tamanho
que for – está no controle de Dilma, e é por isso que ela praticamente já garantiu
uma segunda temporada no Planalto.
1 comentários :
Coitado do povo brasileiro! Continuar esse governo petista é continuar com a estagnação e enganação do PT, ou seja esmola/cartão para uns e circo/festa para outros. Essas políticas de governo não indicam mudança de padrão econômico para os beficiados com esses programas sociais, porque na hora que tirarem o cartão do bolsa família, entre outros, todos vão ver que não mudaram de situação, continuam na mesma pobreza e miséria. Essas são políticas de um governo populista que quer se perpetuar no poder com a desgraça de outros.
Joana Santos
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