Cai “quadrilha” e em “corrupção ativa” houve erro grosseiro.
O ansioso blogueiro localizou Justiniano, autor de
desprezível obra de Direito.
Justiniano está em Bizâncio, a contemplar o Bósforo e o
afundamento do julgamento do mensalão (o do PT):
- Imperador, o Dirceu e o Genoino vão em cana.
- Muito difícil.
- Por que ?
- O crime de quadrilha cai nos embargos.
- E a corrupção ativa ?
- Houve erro material.
- O que é isso ?, perguntaria o Ataulfo (*).
- Diga ao Ataulfo que houve erro grosseiro. Eles tinham que
aplicar a pena da época do “crime”, que dá um ano. Foi o que fizeram com todos
os outros. Menos com o Genoino e o Dirceu.
- Quanto deram para o Genoino e o Diceu?
- Dois anos.
- Entao, os dois não vão em cana, como quer o Ataulfo.
- Diga ao Ataulfo que, no caso do Genoino, pode haver até prescrição. E ele fica numa
boa, lá na Câmara, atormentando o PiG (**).
- E o Dirceu, prescreve ?
- Pode até prescrever. Se não prescrever, ele fica em casa.
- Como o Juiz Lalau ?
- Não ! É diferente de “prisão domiciliar”.
- O que é ?
- Como o Estado não tem estabelecimento apropriado ao
semi-aberto, ele fica em casa soltinho da silva.
- Atormentando a Big House.
- E o Ataulfo.
- Exato, Imperador !
- Ele só não pode ir ao exterior.
- Não precisa. Basta ele assistir à Globo e ir ao shopping
Iguatemi que ele pensa que está em Nova York.
Pano rápido.
Navalha
Saiu no Estadão:
Ministros admitem que ‘tecnicamente’ recursos podem rever
condenações no mensalão
Lewandowski e Gilmar Mendes reconhecem que os chamados
embargos de declaração podem gerar revisão de decisões da Corte em casos de
falha muito evidente
Eduardo Bresciani – O Estado de S. Paulo
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski e Gilmar Mendes admitiram que os recursos de “embargos de
declaração” protocolados pelos 25 condenados do mensalão podem, em tese,
provocar a revisão de decisões da Corte. Isso aconteceria com os chamados
“efeitos infringentes”, pedidos pelos réus nesses recursos, que possibilitariam
uma mudança de mérito.
Saiu no Pragmatismo Político:
Especialistas analisam acórdão do mensalão
Acórdão do mensalão sob a análise de especialistas. Tamanho
do julgamento e período relativamente curto para publicação devem resultar em
pontos contraditórios no resumo da decisão. Advogados acreditam em penas
menores quando embargos forem julgados
O fim do prazo para contestar as decisões do Supremo
Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão não resultou apenas na apresentação
de recursos pelas defesas. Após a publicação do acórdão, advogados e
especialistas passaram a criticar o resumo publicado pela mais alta corte do
país no mês passado. Com a supressão de diversos trechos dos debates, cresce a
expectativa entre as defesas de ocorrer decisões favoráveis aos 25 condenados.
Juristas e advogados dos condenados no julgamento esperam
conseguir reduzir as penas ou mesmo obter absolvição de seus clientes após
apresentarem recursos no STF. Na quinta-feira (2), venceu o prazo para que eles
oferecessem os chamados embargos de declaração contra o conteúdo das
aproximadamente 8,5 mil páginas do acórdão. Todos os 25 réus apresentaram
recursos. Até Carlos Alberto Quaglia, cujo processo foi remetido para a
primeira instância, recorreu.
Advogado e professor de direito da Fundação Getúlio Vargas
do Rio de Janeiro (FGV-RJ), Thiago Bottino avalia que “são grandes” as chances
de a decisão do Supremo ter pontos contraditórios, omissos ou obscuros, fatos
que permitem apresentar embargos declaratórios. Os dois motivos principais: a
complexidade do caso e o período relativamente curto em que a decisão foi
publicada.
Bottino destaca que o caso foi muito debatido em plenário.
Entretanto, vários trechos desses debates não foram incluídos nos votos dos
ministros. “Os embargos normalmente podem ter caráter protelatório. Mas, neste
caso, há grandes chances de eles serem pertinentes”, avalia o especialista.
Arnaldo Malheiros, advogado do ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, acredita que o esclarecimento dessas as omissões vai levar à correção
de “injustiças”. Ele disse à reportagem que, “em vários pontos, o julgamento
foi injusto”. Ao pedir explicações, as condenações podem ser revistas. “Você
fala: o senhor esqueceu de falar sobre essa tese. Aí, ele diz: ‘Ah, esqueci.
Considerando essa tese, não posso chegar à conclusão que eu cheguei’.”, explica
Malheiros.
(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos
imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao
assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de
exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais
conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única
rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram
num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
0 comentários :
Postar um comentário