quinta-feira, 27 de junho de 2013

O plebiscito em frases: tirem suas próprias conclusões

Enviado por Luciene Rodrigues - São paulo.

FHC já propôs, aos seus peculiares termos,  uma reforma política em 1998.  Aécio não tem posição firme sobre... Mas o fato é que são contrários a consulta popular sobre a reforma política.
FHC já propôs, aos seus peculiares termos, uma reforma política em 1998. Aécio não tem posição firme sobre… Mas o fato é que ambos são contrários a realização de uma consulta popular sobre a reforma política.
A proposta de Dilma para a realização de um plebiscito sobre a reforma política sofreu duros ataques de políticos da oposição e também foi defendida por sua base de apoio. O presidente do STF, Joaquim Barbosa, considera que o povo precisa ser ouvido diretamente e que o sistema político atual está esgotado e não responde aos anseios populares. Luis Roberto Barroso, ministro do STF, acredita que a hora é agora e o país não pode mais esperar. Aécio Neves considerou perigoso consultar a voz das ruas, já Serra achou fora da realidade…
Confira abaixo frases de alguns personagens políticos a respeito da proposta de Dilma de ouvir o que o povo pensa, diretamente, a respeito deste tema.
Joaquim Barbosa, presidente do STF, ao defender a participação popular e o plebiscito proposto por Dilma: “O que temos que ter é a consciência clara de que há necessidade no Brasil de incluir o povo nas discussões sobre reformas. O Brasil está cansado de reformas de cúpula.”
José Serra, ex candidato a presidência da República pelo PSDB: “completamente fora da realidade…Isso não é coisa, me desculpe, para presidente da República fazer”
Luís Roberto Barroso, ministro do STF: “Se pudermos aproveitar este momento e esta energia contestatória para conduzir uma reforma política teremos [como] transformar o limão em uma limonada”.
Aloízio Mercadante, Ministro da Educação e interlocutor do governo: “O que nós queremos é fazer a reforma política com participação popular. O instrumento que temos que viabiliza o entendimento é o plebiscito, é o povo participar e votar”.
Aécio neves, senador e presidente do PSDB, condena o plebiscito: “Me parece muito mais a intenção de, mais uma vez, abster-se de suas responsabilidades e transferi-las ao Congresso Nacional. Me parece desnecessária, juridicamente duvidosa e perigosa essa iniciativa.”
Marcos Vinícius Furtado, presidente da OAB: “A população tem que dizer diretamente qual é a reforma política que ela quer, e não um plebiscito para chamar uma Constituinte, para delegar a um outro Poder a aprovação da reforma política”.
Jorge Vianna, vice presidente do Senado: “A hora é de uma reforma política radical…Não fizemos aquilo que diz respeito apenas do Congresso: a reforma política. A iniciativa é nossa”.
Álvaro Dias, Senador tucano e contrário ao plebiscito: “Ela anuncia a reforma política com outro viés, na esteira do sistema bolivariano, que significa certa ameaça autoritária, que autoriza a supor a hipótese do golpe para superar um impasse”.
José Cardozo, Ministro da Justiça: “Achamos fundamental que a reforma política passe por um processo de ampla discussão com a sociedade. E o plebiscito tem o papel muito importante para que essa reforma ocorra”.
FHC, ex-presidente ao atacar a realização de uma consulta popular: “As declarações da presidente são inespecíficas e arriscadas, pois, para alterar a Constituição, ela própria prevê como. Mudá-la por plebiscito é mais próprio de regimes autoritários”.
O curioso é que, até alguns dias atrás a oposição bradava contra o governo por não estar ouvindo as vozes descontentes que ecoam pelo Brasil afora, mas quando há uma proposta concreta para realização de um plebiscito sobre a reforma política, estes mesmos senhores voltam atrás em suas declarações e chegam a achar perigosa a realização de uma consulta direta sobre assunto tão delicado para a classe política.
O contexto é preocupante: as manifestações nas ruas da Europa e do Brasil clamam por mais participação do povo nas decisões. O governo propôs a consulta a sociedade sobre a realização de uma ampla reforma política, mais eis que surgem marotos políticos contrários a ideia, com a ajuda da Globo…
Tirem suas próprias conclusões.
Responder

Encaminhar



0 comentários :

Postar um comentário