E quem soltou quem sumiu com o processo ? Ele, sempre ele, o
Gilmar !
Saiu no Blog do Rodrigo Vianna, o Escrevinhador, que tem a
honra de ser processado pelo Gilberto Freire com “i”(*):
A quem interessava sumir com processo da Globo? Por que
Ministério Público não deu publicidade ao caso?
por Rodrigo Vianna
O silêncio dos (ex) jornalões diz tudo: o caso de sonegação
da Globo tem um potencial muito mais explosivo do que as relações carnais entre
o bicheiro Cachoeira e a redação da Veja. A Globo é acusada de sonegar 187
milhões de reais. Acusada por um auditor fiscal. Processo oficial na Receita
Federal. A Globo recorreu e perdeu em instância administrativa. Com multa e
juros, o valor a pagar passava dos 600 milhões de reais. Isso em 2006! Hoje,
seria mais de um bilhão de reais! São vários mensalões…
O caso foi trazido à tona pelo blog O Cafezinho, de Miguel
do Rosário. Na sequência, blogueiros saíram atrás de mais detalhes. O Tijolaço
mostrou as relações entre o caso global e as acusações contra Ricardo Teixeira
e a FIFA. Este Escrevinhador contou no domingo que o processo da Globo por
sonegação havia simplesmente desaparecido. Muitos internautas reagiram com
incredulidade: lá vêm s blogueiros com teoria conspiratória… E não é que a
conspiração era verdadeira? Na sequência, o VioMundo de Azenha trouxe a
informação completa: uma funcionária da Receita foi processada e chegou a ser
presa por retirar o processo de dentro do escritório da Receita Federal no Rio.
A funcionária escapou da prisão graças a um Habeas Corpus no STF (cujo relator foi ele mesmo: Gilmar Mendes).
O círculo vai-se fechando. Fica cada vez mais claro que o
problema da Globo não é com o valor sonegado nem com a multa. Não. O problema é
o conteúdo do processo. O incansável Amaury Ribeiro Jr revela que até doleiros
utilizados por esquemas mafiosos no Rio estariam citados no processo.
Vinte anos atrás, durante o impeachment de Collor, a
sequência de apuração foi outra: Pedro Collor falou à Veja, a Folha e o Estadão
completaram a investigação, e o tiro de misericórdia veio com o motorista Eriberto, na Istoé. Veja, Istoé, Folha e
Estadão permanecem em silêncio agora, no caso Globo. A investigação passa por
outro caminho: “O Cafezinho”, “Tijolaço”, “VioMundo”, “Conversa Afiada”,
Stanley Burburinho e tantos outros nomes…
Se o governo do PT tem medo de enfrentar a Globo, os
blogueiros e ativistas sociais correm pra revirar as entranhas do monstro e
expô-las em público. Restam várias perguntas. E a mais óbvia é a que qualquer
detetive de filme B costuma fazer: a quem interessava o sumiço do processo da
Globo? A funcionária que o surrupiou agiu sob encomenda. Quem pagou?
O processo, garante-me o “garganta profunda” que viu o
papelório, é uma bomba atômica contra a Globo e seus donos. José Roberto
Marinho não é o único citado. Os outros irmãos também estariam lá. A volumosa
investigação apresentaria, com didatismo, o “modus operandi” das “Organizações”
Globo.
Mesmo sem uma linha publicada nos jornais e revistas (que
costumam impor sua pauta a país), o Ministério Público Federal sentiu-se
pressionado e soltou uma nota sobre o caso. Nota estranha, que finge explicar
tudo mas não explica o principal: por que o MPF fez toda a investigação sobre o
sumiço do processo da Globo em “sigilo”? Ninguém está pedindo que o MPF quebre o sigilo fiscal da Globo, mas
trata-se de uma institução que deve primar pela transparência, não pode agir no
subterrâneo!
O MPF tinha obrigação de ter informado o país sobre o
desaparecimento do processo (ocorrido há 6 anos). Não o fez. O MPF de Gurgel
queria proteger a quem?
O MPF se diz “consternado” com o vazamento de informações.
Não se mostra “consternado” com a sonegação de 600 milhões. Nem com o fato de a
funcionária da Receita ter sido punida sozinha, sem que se aferisse quem
encomendou o sumiço do papelório. A quem interessava sumir com processo que
mostrava contas da Globo em paraíso fiscal?
Os blogs sujos declaram, “consternados”, que não possuem
redações com editores e apuradores, nem verba para viagem, nem tampouco
recursos para deixar repórteres semanas a fio debruçados sobre o caso. Mas
possuem uma rede informal (e infernal, para desgosto dos poderosos do Jardim
Botânico) de apuradores. As informações fluem pelas redes, há milhares de
“repórteres” informais ajudando a apurar essa história. São brasileiros que já
não suportam a arrogância da Globos e de seus jabores, kamels e mervais amestrados.
O povo gosta das novelas, reconhece a qualidade técnica da
Globo, e sabe mesmo dar valor aos bons jornalistas que tentam cumprir seu papel
na gigante da Comunicação brasileira. Mas o nosso povo está cansado de ser
enganado e pautado pela Globo. Tudo isso sob o silêncio cúmplicede instituições
como o MPF.
A história – completa – virá à tona. É questão de dias. O império midiático ficará
nu.
Clique aqui para ler “Gilmar soltou quem roubou processo da
Globo”.
E aqui para ler no Tijolaço “Ministério Público: caso Globo
surgiu em investigação internacional de fraude”.
(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da
história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de
antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o
Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto
Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o
Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não
abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um
Gilberto Freire com “i”.
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