Na última visita de um Papa ao país, em 2007, 64% se diziam
católicos.
Francisco chega ao RJ nesta segunda para Jornada Mundial da
Juventude.
Do G1, em São Paulo
gráfico religião brasil datafolha VALE ESTE (Foto: Arte/G1)
O número de brasileiros que se declaram católicos caiu de
64% em 2007, quando houve a última visita de um Papa ao país, para 57% em 2013,
segundo pesquisa Datafolha publicada
pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste domingo (21). Os dados foram
divulgados na véspera da chegada do Papa Francisco ao Brasil para a Jornada
Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, que será iniciada nesta segunda-feira
(22).
No mesmo período, a população de evangélicos pentecostais
passou de 17% para 19%, a de evangélicos não pentecostais de 5% para 9% e a de
espíritas kardecistas se manteve em 3%. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa foi realizada nos dias 6 e 7 de junho. Foram
feitas 3.758 entrevistas em 180 municípios brasileiros. A porcentagem da
população católica é a menor da série histórica do Datafolha, iniciada em 1994.
Na época, 75% dos brasileiros eram católicos, 10% evangélicos pentecostais, 4%
evangélicos não pentecostais e 4% espíritas kardecistas. O menor número de
católicos registrado desde então havia sido em 2011, com 62%.
Entre os católicos, 26% consideram que o Papa Francisco é
melhor que seu antecessor, o Papa Bento XVI; 50% acham que os dois são iguais,
e apenas 3% consideram Francisco pior.
Participação
A pesquisa também fez questionamentos sobre a participação
dos entrevistados na igreja. Entre os católicos, apenas 17% costumam ir à missa
e outros serviços religiosos mais de uma vez por semana. Quando é questionada a
presença apenas uma vez por semana, o número sobe para 28%.
Ainda entre os católicos, 21% dizem ir à igreja uma vez por
mês, e 7% assumem que não a frequentam.
Os números também apontam que 34% deles têm o hábito de
contribuir financeiramente com a Igreja, com um valor médio mensal de R$ 23.
A participação parece é menor que a encontrada em outras
religiões. Entre os evangélicos pentecostais, 63% vão à igreja mais de uma vez
por semana, 52% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$ 69,10
mensais.
Entre os evangélicos não pentecostais, 51% vão à igreja mais
de uma vez por semana, 49% contribuem financeiramente, e o valor médio é de R$
85,90 mensais.
Já entre os espíritas kardecistas, 23% costumam participar
de serviços religiosos, 16% contribuem financeiramente e o valor médio é de R$
42 mensais.
Orientações religiosas
Os católicos também são os menos sujeitos a seguir as
orientações políticas dadas por sua igreja, segundo o Datafolha. Apenas 5% dos
entrevistados que se disseram católicos afirmaram ter votado em um candidato
recomendado pela Igreja, e 11% consideram importante a opinião dos religiosos
durante a campanha.
Entre os evangélicos pentecostais, os números sobem para 18%
e 21%, respectivamente. Entre os evangélicos não pentecostais, 14% votaram em
candidato recomendado e o mesmo número considera a opinião dos religiosos
importante. Entre os espíritas kardecistas, os números caem para 3% e 12%.
Temas polêmicos
Os entrevistados também foram questionados acerca de temas
polêmicos entre as religiões.
Em relação a leis que criminalizem o aborto, 22% dos
católicos se disseram contra; o mesmo foi respondido por 16% dos evangélicos
pentecostais, 23% dos evangélicos não pentecostais e 42% dos espíritas
kardecistas.
Entre os católicos, 36% disseram ser contra a legalização da
união de homossexuais. Entre os evangélicos pentecostais, 63% se disseram
contra. O número cresce entre os evangélicos não pentecostais - 68% - e cai
entre os espíritas kardecistas – 21%.
A adoção de crianças por casais gays é rejeitada por 42% dos
católicos, 66% dos evangélicos pentecostais, 73% dos evangélicos não
pentecostais e 31% dos espíritas kardecistas.
O número dos que são contra uma lei para punir a homofobia é
menor em todas as religiões – 16% dos católicos, 24% dos evangélicos
pentecostais, 21% dos evangélicos não pentecostais e 11% dos espíritas
kardecistas.
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