A ex-senadora está em todas; nesta quarta, há entrevistas
dela na Folha, no Globo e no Estadão; nelas, Marina transmite a ideia de que,
sem seu ato triunfal do último fim de semana, a democracia brasileira estaria
seriamente ameaçada; antes, já afirmara que chegou para combater o
"chavismo", coisa que não há no Brasil, e afirmou ainda que a Rede é
o primeiro partido político clandestino na democracia, quando se trata apenas
de uma legenda impugnada pela incompetência dos seus dirigentes na coleta de
assinaturas; Marina pode falar à vontade, até para que não diga que seu direito
de expressão está sendo cerceado; mas, aos editores, caberia lembrar que, no
quadro atual, ela está fora do jogo e é, no máximo, uma vice de luxo
9 de Outubro de 2013 às 09:00
247 - Marina Silva fala muito. Fala pelos cotovelos. Nesta
quarta, há entrevistas dela na Folha (leia aqui), no Estadão (leia aqui) e no
Globo (leia aqui).
Em todas essas três entrevistas, Marina Silva criou
constrangimentos para o governador pernambucano Eduardo Campos, que preside o
PSB, partido ao qual ela se filiou.
Na Folha, Marina se colocou como candidata à presidência,
negando o que havia dito no próprio sábado, quando o pacto Rede-PSB foi
anunciado. No Globo, contestou alianças pragmáticas de Campos e disse que
"não há lugar para inimigos históricos" em seu partido, referindo-se
a Ronaldo Caiado, (DEM-GO) como se o PSB já fosse dela.
No Estado de S. Paulo, mais grave ainda, confirmou ter dito
que seu movimento visava combater o "chavismo" do PT. "Quando me
referi à ideia do chavismo foi no espaço do comportamento político, de que não
possa prosperar outra força política", disse ela.
Ora, mas que chavismo é esse, se Lula não alterou as regras
eleitorais para perseguir um terceiro mandato e Dilma Rousseff é apenas uma
candidata que concorre ao direito legítimo da reeleição? Será que Eduardo
Campos corrobora a análise de Marina?
Era de se esperar que, tendo renunciado à candidatura
presidencial, Marina começasse a trabalhar a favor de seu novo aliado, Eduardo
Campos, e não contra.
Mas quando contesta alianças, que visam fortalecer palanques
regionais, se coloca como candidata e denuncia um inexistente chavismo no
Brasil, Marina joga contra o próprio time.
Mais estranha ainda é sua postura messiânica, de quem se
coloca como redentora da democracia no Brasil, que, até onde se enxerga, não
está ameaçada. Sobre sua filiação ao PSB, Marina disse que a fez em
"legítima defesa". Ora, mas defesa de que se a Rede só não foi viabilizada
porque Marina não conseguiu recolher as assinaturas exigidas por lei?
E não adianta dizer que se trata do primeiro partido
clandestino em plena democracia, como Marina afirmou no último sábado. Trata-se
apenas de uma tendência incubada no PSB - uma tendência estridente, diga-se de
passagem - que não atingiu o status de partido porque faltou competência a seus
dirigentes, muito embora não tenha faltado apoio midiático e financeiro à
empreitada.
Marina pode e deve falar à vontade. Até porque, caso não
fale, dirá que seu direito à livre manifestação está sendo cerceado.
Mas, passada a festa do casamento, caberia, agora, aos
editores dos grandes veículos de comunicação despertar para um fato óbvio. No
quadro atual, Marina está fora do jogo. É, no máximo, candidata a vice - a
menos que consiga derrotar por dentro o aliado Eduardo Campos.
E os eleitores não votam em vices. Portanto, o que ela diz
ou deixa de dizer tem cada vez menos importância.
PS: Marina também concedeu uma entrevista ao Correio
Braziliense. Disse que apoia o deputado José Antônio Reguffe (PDT/DF) para o
governo do Distrito Federal, quando o PSB já tem também uma candidatura posta,
a do senador Rodrigo Rollemberg (PSD/DF)
1 comentários :
Devia está no inicio de blog!
“AGENTES DA DENGUE NÃO RECEBEM O QUE TEM DE DIREITO
ALEM DO SALÁRIO”
Agentes da dengue não receberam salário todo que devia ser 678,00
só receberam 620,00 do mês de setembro e não receberam a produtividade que por lei tem direito, e fica a pergunta onde está o resto de dinheiro? Por que os ACS (Agente Comunitário de Saúde) receberam seus direitos e os agentes da dengue não? O mesmo que paga os ACS é o mesmo governo federal que paga os gentes da dengue.
Onde está o dinheiro da produtividade Flávio Marque?
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