segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ELEIÇÕES DO DOMINGO: “POVO DO CHILE APLICA A PRIMEIRA DERROTA NO GOVERNO CONSERVADOR DA DIREITA NEOLIBERAL”


Por Dedé Rodrigues. 

chile

Conforme Fabiano Santos que escreveu para Carta Maior “com a vitória de Bachellet, a esquerda recompõe o mapa ideológico dos governos na América do Sul, parcialmente desfeito com o predomínio da direita no Chile desde 2010”. Grifos nossos. Mas as eleições vão para o segundo turno, no qual, deve ser confirmada a vitória do centro esquerda quando apenas a Colômbia continuará tendo como governante presidente oriundo do campo conservador.



A candidata na coalizão Nova Maioria (antiga Concertação) e ex-presidenta do Chile recebeu 46,67% dos votos na eleição deste domingo (17). Sua rival, Evelyn Mathei, da direitista União Democrática Independente (UDI), angariou 25,01% dos votos. As informações são do Serviço Eleitoral de Eleições (Servel), com 99,93% das mesas de votação apuradas, na manhã desta segunda-feira (18). Os resultados levam Michelle e Evelyn ao segundo turno eleitoral, no dia 15 de dezembro. 


Segundo ela dois fatores foram decisivos para o fracasso da “Concertacion”: a divisão interna da coalizão, motivada pela indicação do ex-presidente Eduardo Frey, do Partido Democrata Cristão (PDC), como seu candidato, e a dificuldade em aprovar e levar à frente políticas sociais, há muito reivindicado por amplos segmentos da sociedade, em particular, a questão educacional.

Outro ponto que ela destaca: é que o Chile “a despeito de anos de crescimento econômico, não tem sido capaz de enfrentar seus principais e seculares desafios: o da erradicação da pobreza e diminuição da desigualdade.  Em outras palavras, a agenda dos eleitores chilenos é uma agenda social”.

O ponto crucial que ela considera diz: “o que a conjuntura chilena nos traz incide exatamente sobre a questão dos protestos. Várias jovens lideranças das jornadas de outubro passaram a fazer política partidária, filiando-se ao Partido Comunista, concorrendo em eleições locais e agora se articulando com os socialistas, tendo em vista redefinir a hegemonia do processo político chileno”.


A conclusão que chegamos é que o neoliberalismo, mesmo com a economia crescendo, o que é um caso raro, não distribui renda como um governo de esquerda ou socialista, pois nesse último, o Estado e não o Mercado está a frente da economia dos países.  O neoliberalismo é a face mais cruel do capitalismo e, tudo faz crer, que está com os seus dias contados no Chile.  Uma boa notícia para os povos da América do Sul. 

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