Por Altamiro Borges
Na semana passada, o líder da bancada do PSDB na Câmara
Federal, deputado Carlos Sampaio, ficou enraivecido com o Cartão de Natal
enviado aos servidores públicos pela presidenta Dilma Rousseff. Na sua
estridência, típica dos desesperados, o parlamentar paulista afirmou que
entraria com ação na Justiça Eleitoral contra a mensagem natalina. Janio de
Freitas, um dos poucos jornalistas críticos e
independentes que ainda restam na Folha tucana, não vacilou em ironizar
a atitude “ridícula” do deputado, que adora difundir a imagem de paladino da
ética. Vale conferir o petardo:
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Enquanto os honrados do PSDB bloqueiam as investigações de
seus feitos contra os cofres públicos de São Paulo, o líder de sua bancada na
Câmara, deputado Carlos Sampaio, se ocupa com incriminações também do governo
ou do PT. Sua ideia mais recente é uma ação contra Dilma Rousseff, na Justiça
Eleitoral, por mandar cartões de Boas Festas aos funcionários. Sampaio,
promotor de origem, considera que os cartões são abuso de poder, com finalidade
eleitoral.
Então Dilma faz campanha desde o primeiro ano de governo. E
Carlos Sampaio, para ser coerente, terá de processar muitos ministros,
governadores e secretários de governo, inclusive do PSDB. Mas tem alternativa a
esse trabalhão: é ser um pouco mais sério e menos ridículo, já que está
pensando na sua própria reeleição.
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Nesta segunda-feira (30), o senador Aécio Neves também
expressou sua raiva com o pronunciamento de final de ano da presidenta Dilma
Rousseff. Em nota oficial, o cambaleante presidenciável tucano estrebuchou:
"Sob o pretexto das festas de fim de ano, a presidente volta à TV para
fazer autoelogio e campanha eleitoral. Lamentavelmente, a oposição não pode
pedir direito de resposta”. O ex-governador de Minas Gerais ainda critica o
governo federal pelos desastres causados pelas chuvas no seu estado. E afirma
que Dilma vive numa “ilha da fantasia”.
Sobre fantasias e delírios, Aécio Neves entende bem. Ele
vive elogiando o reinado tucano de FHC, quando o Brasil bateu recordes de
desemprego, ficou de joelhos diante do Fundo Monetário Internacional (FMI) e
promoveu o desmonte do Estado, da nação e do trabalho. A exigência de que seja
“um pouco mais sério e menos ridículo”, feita por Janio de Freitas ao
pavão-tucano Carlos Sampaio, serviria perfeitamente também para Aécio Neves!
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