sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

COMO É QUE UM PAÍS PEQUENO E POBRE COMO CUBA SOCIALISTA OFERECE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE MELHOR DO QUE MUITOS PAÍSES RICOS E CAPITALISTAS?


Por Dedé Rodrigues.


A matéria intitulada “os milagres na educação cubana” de Tatiana Coll, no Diálogos do Sul, publicou um informe da UNESCO de 2009 sobre a prova LLCE (Laboratório Latino-Americano de Avaliação da Qualidade do Ensino) e comprovou  que “os alunos cubanos quase duplicam os resultados dos alunos que mais se aproximam deles”.
Outro especialista Christopher Marquis do New York Times assinalou: “os estudantes cubanos, em todas as matérias examinadas, obtiveram qualificações muito superiores a média, de maneira consistente, em todas as escolas”. O que devemos aprender com a educação cubana e com os Professores de lá que oferecem uma educação melhor do que a nossa?


Cuba é um país com escassos recursos e fortes problemas econômicos, devido ao constante bloqueio e dificuldades diversas impostas pelo governo imperialista americano há 40 anos. Cuba supera brilhantemente em educação as potências da região como o México, o Brasil, a Argentina e inclusive o Chile. Para confirmar o documento diz: “Cuba teve 70% dos seus estudantes com qualificações de mais 350 pontos de um total de 500, enquanto a média na Argentina, no Uruguai e No Chile foi de 300 pontos”. Brasil e México acusaram uma média instável de aproximadamente 250 pontos. Só um milagre do sistema socialista pode explicar esses resultados.
Diz o documento também:
O milagre é que Cuba investe em educação 12.9% do PIB, no bojo de um investimento social de 30%. O México, a duras penas, destina 5% para a educação com altos e baixos pronunciados. Islândia e os países nórdicos se aproximam de 8%. Em janeiro de 1959, Cuba tinha 3 universidades públicas com 15.000 alunos e mil professores, e hoje conta com 67 instituições de altos estudos com 261.000 matriculados e 77 mil professores; 35.000 bolsistas latino-americanos passaram por suas classes, além de um novo programa de municipalização da educação superior que já construiu mais de 300 sedes universitárias municipais. Na verdade, Cuba é toda uma grande escola.
E concluiu a matéria dizendo:
O estado é o responsável integral da educação, como na Finlândia e na França. Há uma grande valorização social da profissão docente em todos os seus níveis e os salários dos professores equivalem aos de outros profissionais como médicos e físicos. As Universidades Pedagógicas têm um alto grau de formação e de exigência. Nunca há mais de 18 crianças por sala e o tempo dedicado a cada criança pra elaborar e problematizar respostas individuais duplica o da região. Estes são alguns dos fatores recolhidos por Martin Carnoy, professor da Universidade Stanford, em seu excelente livro La ventaja académica de Cuba, ¿Por qué los estudiantes cubanos rinden más?. Não necessitamos acudir a modelos tão distantes como Finlândia ou qualquer outro país altamente desenvolvido; a explicação está aqui mesmo, muito perto, e não se trata de um milagre educativo, mas sim de una política congruente com a dignidade de todo ser humano.

*Tatiana Coll é colaboradora de Diálogos do Sul – reside no México


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