Disse Mandela certa vez:
“o povo cubano ocupa um lugar especial no coração dos povos da África. A decisiva derrota infligida em Cuito Cuanavale alterou a correlação de forças na região. A derrota das forças agressoras da apartheid destruiu o mito da invencibilidade do opressor branco”.
Cuba ajudou Mandela a vencer a luta contra a segregação na
África
Quando o presidente de Cuba, Raúl Castro, foi informado da
morte de Nelson Mandela, nesta quinta-feira (5), enviou imediatamente ao atual
presidente da África do Sul, Jacob Zuma, uma mensagem de pêsames, por meio da
qual declara que o líder da luta contra o apartheid será lembrado "pela
altura do seu exemplo e pela grandeza de sua obra".
NPR
Cuba ajudou Mandela a vencer a luta contra a segregação
Fidel Castro e Nelson Mandela tinham uma relação de amizade.
Cuba ajudou Angola em uma importante batalha contra o racismo.
Mandela, que faleceu aos 95 anos em seu domicílio de
Johanesburgo, teve laços de amizade com Fidel Castro e visitou Cuba em 1991,
pouco depois de ser libertado após passar 27 anos preso. Recentemente, Cuba
destacou na ONU a figura do ex-presidente sul-africano como um símbolo da
resistência, justiça, solidariedade e progresso.
Na ocasião, Oscar Leon, representante da ilha caribenha
reiterou que “o povo cubano tem a imensa honra de ter contribuído modestamente
para a luta contra a apartheid”. Ele assegurou que a ajuda cubana foi fruto do
apego aos princípios de solidariedade e internacionalismo.
Cuba decretou três dias de luto oficial e nacional pela
morte daquele que considerava “um grande amigo”. Mandela foi simpatizante da
Revolução Cubana e por diversas vezes agradeceu a contribuição dos combatentes
caribenhos na luta pela liberação dos países africanos.
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Estamos falando da parede de pedra de 700 metros, localizada
em um parque em Pretória, capital da África do Sul. Ali estão gravados 95 mil
nomes, dentre eles estão grafados 2107 cubanos.
Trata-se de um memorial que homenageia aqueles que morreram
para que o país africano pudesse conhecer a democracia e a paz. Os soldados
cubanos morreram na batalha de Cuito Cuanavale, em Angola, em 1988. Segundo
disse Mandela, em algumas ocasiões, esse momento foi um ponto de inflexão na
luta contra o apartheid.
“Sem a derrota do exército racista em Cuito Cuanavale,
nossas organizações nunca teriam sido legalizadas”, afirmou Mandela em sua
visita a Cuba, em 1991. O jornalista cubano Hedelberto López Blanch, autor do
livro Cuba, pequeno gigante contra a apartheid, disse à BBC que “neste momento
(na batalha) havia 50 mil soldados cubanos em Angola. Na ofensiva participaram
10 mil”.
“Com o apoio dos cubanos, os angolanos venceram as forças da
apartheid. Foi uma derrota total. A partir deste momento, Pretória negociou com
os angolanos e namíbios e conduziu a independência no sul da África”, completou
Blanch.
Ainda sobre isso, Mandela declarou em Cuba: “o povo cubano
ocupa um lugar especial no coração dos povos da África. A decisiva derrota
infligida em Cuito Cuanavale alterou a correlação de forças na região. A
derrota das forças agressoras da apartheid destruiu o mito da invencibilidade
do opressor branco”.
Na ocasião de sua visita, o ex-presidente sul-africano,
recebeu a Ordem José Martí do Conselho de Estado da República de Cuba. Fidel
Castro entregou o prêmio a Mandela e destacou a integridade de seu caráter ao
afirmar que ele era “um dos mais extraordinários símbolos desta Era”.
Théa Rodrigues, da redação do Vermelho,
Com informações de agências e do jornal Granma
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