Fernando Brito demonstra que “truque” é o neolibelismo do
Príncipe Privateiro
O Príncipe da Privataria, domingo passado, ocupou seu foro
privilegiado, o PiG (*), para propor que o Brasil tire o sapato para os Estados
Unidos, no Arco do Pacífico.
Ele parte de duas premissas.
Que o Atlântico não tem nenhuma importância.
E que os EUA são formidáveis e a China ” um truque”, diria o
protagonista de “A Grande Beleza”.
(Por falar em Príncipe da Privataria: o FHC argentino, o
Menem, teve que pedir autorização para ir ao Uruguai)
Fernando Brito demonstra que “truque” é o neolibelismo (**)
do Príncipe Privateiro – leia o que diz o Blog do Dirceu sobre o terrorismo da
inflação; e o Miro sobre o iminente rebaixamento do PiG à categoria de lixo
não-reciclável.
No Tijolaço:
O final de uma era vai chegando. Que mundo será o novo?
As eras históricas, que se mediam em milênios, depois em
séculos, vão se tornando cada vez mais curtas, encolhimento que provém do
desenvolvimento produtivo-tecnológico do ser humano, que vai miniaturizando o
mundo.
Aconteceu algo hoje que, embora todos o esperassem, é um
marco nesta mudança global.
A China tomou o lugar de maior potência comercial do planeta
dos Estados Unidos, que o haviam roubado da Inglaterra no início do século
passado.
Ano passado haviam empatado, com ambos com 3,8 trilhões de
dólares em importações e importações, somadas.
Esta ano, com crescimento de mais de 7% e quase 4,2 trilhões
de dólares, abriu folga para os EUA, que devem ficar estagnados em valor.
O Brasil anda pouco acima da vigésima posição nesse ranking,
ainda. Beiramos o meio trilhão de dólares, com valor semelhante de entrada e
saída de mercadorias.
Tornar-se o maior centro do fluxo comercial não faz da China
a maior potência econômica do mundo.
Seu PIB é ainda perto de 20% menor que o dos EUA e, no PIB
per capita, com sua população gigantesca, menor que o do Brasil.
Mas é como dizia o telefonista de um jornal que se acabava,
aqui no Rio quando lhe perguntavam: alô, é da Gazeta?
E ele respondia: por enquanto…
Dependendo do critério (paridade de poder de compra ou conversão
cambial direta) o PIB chinês superará o dos EUA um pouco antes ou um pouco
depois de 2020.
Um estudo, do ano passado, da consultoria PWC, fusão da
Price Waterhouse e Coopers & Lybrand inglesas , mostra que em 2050 já será
a vez da Índia, outro gigante asiático, deixar para trás os EUA.
O Brasil, segundo este estudo, terá passado o Japão e se
tornado a quarta economia mundial.
Os tigres asiáticos serão outros, porque é preciso tamanho
territorial e populacional para ocupar a posição de maiores numa economia que,
com todos os seus males, caminha no sentido do distributivismo.
Este é o mundo novo que vai se afirmando, para o qual nossas
elites não têm olhos – e nem antevisão.
Os chineses mandam os seus jovens estudarem português , aos
milhares, para se prepararem para o relacionamento comercial com o Brasil e a
África portuguesa.
Aqui, o mandarim ainda é “folclore”.
Julgam que o centro
mundial do comércio é em Miami e que os chineses colocaram uma nave na Lua
porque são bons em fogos de artifício.
E se acham…
Nós temos é de olhar esse mundo novo e melhorar nossa
inserção nos negócios mundiais.
E escolher se vamos ser parceiros de quem cresce ou vassalos
de quem obsolesce.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais
conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única
rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram
num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso
blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento
sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros
conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam
Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.
1 comentários :
Deixem o coitado do FHC em paz , ele deu sua contribuição ao país, já é um senhor de 80 anos . Ah e ganhou 2 vezes no primeiro turno do PT , o que ainda n descontaram, nem com o Lula.
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