segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

REFLEXÃO DO DIA: “A luta pela paz é o mais sagrado dos combates”

“A verdadeira paz não será alcançada enquanto perdurarem relações de dominação e opressão, de classes e de nações, enquanto vigorar e se agigantar o sistema imperialista, o qual impõe relações econômicas e sociais injustas, como políticas de força e agressão. A paz só pode tomar corpo com a vitória da luta dos povos de todo o mundo por um novo ordenamento político, econômico e social com traços essencialmente distintos dos atualmente vigentes, com a edificação de uma nova sociedade”. 


É uma opinião, apresentada pela líder do CMP, Socorro Gomes, em evento realizado no último final de semana em Berlim, capital da Alemanha, sobre a qual é indispensável refletir e da qual retirar as pertinentes conclusões. O empenho pela paz como aspecto indissociável da luta anti-imperialista.


A mídia golpista ignorou olimpicamente duas relevantes informações que revelam a dimensão do domínio que o imperialismo exerce no mundo por meio da militarização.

A primeira foi a divulgação pelo site Russia Today de que forças de Operações Especiais dos Estados Unidos estiveram destacadas ou cooperaram com militares em 106 países em todo o mundo durante os anos 2012 e 2013.

O fato é que o Pentágono, um eufemismo que encobre outro [Departamento de Defesa] dividiu o globo como uma torta gigante, em seis pedaços de comando: Eucom, para a Europa e a Rússia; Pacom, para a Ásia; Centcom, para o Oriente Médio e o Norte da África; Southcom, para a América Latina; Northcom, para os EUA, Canadá e México; e Africom, para a maior parte da África. 

Mas as ambições do Pentágono não se limitam à Terra: há também o Stratcom, para o comando do cosmo, e o Cybercom, que se dedica a controlar a internet. 

De fato, o Comando de Operações Especiais dos EUA (Socom) converteu o planeta em um gigantesco campo de batalhas. 

O Socom leva a cabo missões secretas no exterior, como operações “antiterroristas”, de reconhecimento especial e guerra não convencional (inclusive a propagandística). Dedica-se, além disso, a treinar as tropas de seus parceiros estrangeiros, servir como conselheiros e realizar manobras militares conjuntas. 

Para além de tudo isto, o imperialismo estadunidense, mantém mais de 800 bases militares em todo o mundo. Na América Latina e Caribe, as bases militares são acrescidas pela ação da Quarta Frota da Marinha de Guerra, relançada no ocaso do governo Bush e mantida por Obama.

Não se vê uma só linha nos editoriais da mídia monopolista questionando o nível a que chegou a militarização do planeta, sob o comando do imperialismo estadunidense. Acrescente-se a essas informações que o principal braço armado fora de desse imperialismo fora de suas fronteiras, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), está dotada de uma nova doutrina que preconiza a sua ação intervencionista em qualquer região do mundo.

É igualmente espantoso que a mídia, tão pressurosa na crítica à República Popular Democrática da Coreia (RPDC), ofício no qual suas mentiras são inexcedíveis, silencie diante da informação de que o governo da Coreia do Sul anunciou neste domingo (12) que concordou em pagar U866 milhões de dólares neste ano para manter as tropas dos Estados Unidos em seu território, um valor 5,8% maior que o pago em 2013. 

Nota bene: o governo sul-coreano paga para manter tropas de uma potência imperialista em seu território, uma versão original do neocolonialismo e da ocupação militar estrangeira.

A Coreia do Sul é um país tomado pela psicose militarista e belicosa. Tecnicamente ainda em guerra contra a RPDC, acolhe em seu território cerca de 28 mil soldados estadunidenses e é uma das bases nucleares dessa superpotência, que utiliza a Península Coreana como plataforma para promover ameaças nucleares contra a RPDC, a China e a Rússia.

É imperioso denunciar essas maquinações belicistas do imperialismo estadunidense e seus aliados. No ano em que transcorre o centenário de deflagração da Primeira Grande Guerra e 75 desde a deflagração da segunda, nada mais atual do que o apelo do socialista francês Jean Jaurés, fundador do jornal L´Humanité, o célebre cotidiano dos comunistas franceses. Ele dizia: "A luta pela paz é o mais sagrado dos combates". 

A Primeira Grande Guerra foi o resultado das disputas entre os blocos imperialistas que se formaram no início do século 20. A segunda, além de resultar das rivalidades interimperialistas, foi motivada pelo afã da reação internacional de derrotar o socialismo na União Soviética. Ambas cobraram altíssimo preço em vidas humanas e bens materiais à humanidade. São tragédias cuja repetição é necessário impedir.

Ganha força nesse quadro a ação do Conselho Mundial da Paz e das forças revolucionárias e anti-imperialistas na luta contra o militarismo e o belicismo dos Estados Unidos e seus aliados. 

“A verdadeira paz não será alcançada enquanto perdurarem relações de dominação e opressão, de classes e de nações, enquanto vigorar e se agigantar o sistema imperialista, o qual impõe relações econômicas e sociais injustas, como políticas de força e agressão. A paz só pode tomar corpo com a vitória da luta dos povos de todo o mundo por um novo ordenamento político, econômico e social com traços essencialmente distintos dos atualmente vigentes, com a edificação de uma nova sociedade”. É uma opinião, apresentada pela líder do CMP, Socorro Gomes, em evento realizado no último final de semana em Berlim, capital da Alemanha, sobre a qual é indispensável refletir e da qual retirar as pertinentes conclusões. O empenho pela paz como aspecto indissociável da luta anti-imperialista.

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