quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

MOACIR CORDEIRO: “DEPOIS DE EVERALDO DE CANECA, EU ACHO QUE MESSIAS FOI O CARA QUE MAIS SE DESTACOU NO FUTEBOL DE TABIRA”.


HOMENAGEM PÓSTUMA.

Por Dedé Rodrigues.


O Blogueiro Vagner Leandro esteve entrevistando Moacir Cordeiro (Moca), veterano desportista tabirense, sobre o grande atleta de futebol que foi Messias Madureira, cunhado de Zé de Mariano. Os dois, mais a mulher de Zé e a filha foram vítimas recentemente de um trágico acidente de trânsito e chegaram a falecer. Os quatro foram sepultados na mesma hora e na mesma cova, futura tumba, no dia 03 de janeiro de 2014, no Cemitério Parque da Saudade de Tabira. Leia abaixo um resumo do que Moca falou sobre Messias Madureira e veja as fotos do acervo fotográfico pessoal de Marcilio Pires.  


Segundo Moca “o setor que Messias mais se destacou foi como jogador de futebol, se fosse hoje, ele ganharia muito dinheiro”.  Na opinião de Moca “o jogador por bom que fosse naquela época ficava por aqui mesmo, hoje com 13, 14 anos, já detona para a Europa”. “A maior parte dos jogares começava e terminava no mesmo time”. Para Moca “Hoje um jogador não passa mais de um ano em um mesmo time”.

Segundo Moca, Messias “foi o único cara que jogou profissionalmente nesta região”. “Ele jogou três campeonatos pernambucanos pelo Comercial de Serra Talhada, inclusive ele quebrou a perna jogando lá”.

Moca citou a passagem de Messias pelos melhores times da época na Região como o União e o Guarany de Afogados da Ingazeira; o Esporte Clube Tabira e o time do Nacional também de Tabira.  Além destes times maiores ele jogou também por outros times de Futebol amador na época.

Conforme o relato de Moca em 1974 ele quebrou a perna. Por volta do ano de 1975 ele ainda jogou por aqui e em 1976 ele foi embora para São Paulo.

Moca ainda disse que “Messias estava em São Paulo desde 1976, fazia exatamente 38 anos que ele não vinha em Tabira”. “Foi uma pena rapaz, a gente era muito amigo, no dia que ele chegou, a segunda pessoa que ele procurou fui eu. “Ele foi primeiro na casa de Bil Gomes e depois veio aqui com Zé de Mariano e... Três dias depois, descemos lá em Caneca, Caneca era o Presidente do Esporte na época, era muito direito, ainda tiramos umas fotografias e marcamos uma farrinha. “E no dia da morte dele a gente estava preparado para juntar a velha guarda e íamos tirar umas fotografias que ele queria levar como lembrança”. Infelizmente veio a notícia triste do acidente.

Segundo Moca, ele foi um cara arretado! A família todinha!  Eles foram sofridos! Perderam os pais muito cedo! Foram criados por uma tia, que tragicamente foi vítima também de um acidente.  Quem os criou foi a mulher de Zé Carão. A família todinha era legal.

Para Moca a homenagem a Messias é muito justa, muito justa mesmo! Ele foi um cara muito legal e um desportista e tanto! Moca disse que "o maior jogador de futebol de Tabira foi Everaldo de Caneca, não se profissionalizou e não ganhou dinheiro por que não quis.  Onde ele fez teste passou.  Este era um craque! E depois dele, eu acho que Messias foi o cara que mais se destacou. Inclusive eu joguei também com ele. A gente saia daqui com uma garotada, ele era o mais velho do grupo, eu era o segundo mais velho com 19, 20 anos, a gente sabia que podia até perder, mas tinha certeza que ele fazia dois ou três gols. A gente ganhava um jogo de quatro a três, três era dele, não tinha pra onde, era um baita de um jogador. 

Moca ainda informou que em São Paulo criaram também o Esporte Clube Tabira e lá ele jogou bastante. Era um time forte!  O irmão de Manoel Filalau, José Filalau era quem dirigia o time.  Teve uma época que cogitaram até trazer o time de lá para jogar com o daqui. Muitos dos jogadores de lá jogaram aqui também. Ele já tinha quebrado a perna, já foi meio maduro, mas ainda jogava.

Moca finalizou dizendo: “Apesar da maior parte da vida Messias ter passado lá em São Paulo, mas o período que ele passou aqui conosco foi maravilhoso”. Um cara sem defeito! A família toda, o irmão dele Zezé, a irmã Lourdinha. Infelizmente se foi nesta tragédia!  Eu estou sem adjetivo até para qualificar, para classificar! Só deixou saudade mesmo! E boas lembranças!  Quando a pessoa faz uma história de bondade, só de coisas boas, deixa boas lembranças! Ele foi este tipo de cara! Finalizou Moca.   

Agradecemos também as fotos cedidas por Marcilio Pires do seu arquivo pessoal.    




















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