quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

LULA ENTRA EM CAMPO E QUER PT APOIANDO ARMANDO












Ricardo Stuckert/Instituto Lula:

Enquanto o ex-presidente Lula tenta articular uma aliança do PT com a pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao governo de Pernambuco, membros do partido no estado simpatizam com uma postulação própria, cujo nome mais cotado é o do deputado federal João Paulo (PT-PE); petistas afirmam que a prioridade, acima de tudo, será reeleger a presidente Dilma Rousseff


Pernambuco 247 - Faltando menos de dez meses para a eleição presidencial de 2014, as movimentações políticas em Pernambuco ainda preocupam as instâncias locais e nacionais do PT. Enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um principal nome da sigla, tenta articular uma aliança do PT com a pré-candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) visando à eleição estadual, membros do partido em Pernambuco simpatizam com uma postulação própria, cujo nome mais cotado é o do deputado federal João Paulo (PT-PE), ex-prefeito do Recife.

Os petistas pernambucanos acreditam que uma chapa encabeçada por João Paulo teria mais representação, devido à popularidade adquirida pelo parlamentar durante os oito anos em que permaneceu à frente da Prefeitura Recife, chegando a quase 90% de popularidade, segundo algumas pesquisas. Apesar de Armando ter sido eleito como o melhor senador do Brasil, integrantes do PT argumentam que o petebista não possui experiência administrativa para concorrer ao governo.

Pernambuco é tido como um dos principais focos eleitorais para o ano de 2014. O estado é considerado como o reduto eleitoral do governador de pernambucano e provável candidato à presidência, Eduardo Campos (PSB), que se reelegeu como governador em 2010 com mais de 80% dos votos válidos. Mas Lula e Dilma também possuem grande representatividade eleitoral no estado, como demonstrado nas últimas três eleições presidenciais, onde os petistas venceram com folga.

Com o objetivo de garantir uma porcentagem significativa de votos, Lula já confirmou que deverá “morar” em Pernambuco durante o período eleitoral. O ex-presidente, no entanto, já assegurou que não é favorável à formação de palanque duplo no estado, e que confia em apenas um representante para disputar contra o candidato indicado por Campos.

Prioridade é Dilma

A desunião interna dentro do PT ficou evidente no ano passado, durante a prévia partidária entre o então prefeito do Recife, João da Costa, e o deputado federal Maurício Rands, apoiado por Campos, pelo deputado João Paulo e pelo senador Humberto Costa. Diante das denúncias de fraude, a disputa interna foi cancelada. Alegando intensos conflitos entre as duas alas, a Executiva nacional interviu no diretório petista em Pernambuco e apresentou Humberto Costa como candidato a fim de estabelecer um consenso intrapartidário, o que não aconteceu, e o Partido dos Trabalhadores perdeu a hegemonia de 12 anos frente à prefeitura da capital.

Representantes do PT em Pernambuco negam a existência de uma crise dentro da sigla no Estado, e reforçam a prioridade da legenda de reeleger a presidente Dilma. “Divergências existem em todo partido. Mas há um esforço de todos os filiados de reunificar as forças com o objetivo claro de garantir mais quatro anos ao trabalho para a presidenta”, declarou Humberto Costa, ao blog Terra Magazine.

“É natural que o nome de João Paulo surja, porque ele é o terceiro deputado mais bem votado do Estado e um sujeito muito carismático, querido por todos os pernambucanos”, continuou. “Mas o PT em Pernambuco está intimamente ligado ao desejo de Dilma e não vai titubear em construir alternativas para poder ajudá-la a continuar esse trabalho incrível que tanto tem ajudado os pernambucanos”, acrescentou o petista.

Já a presidente estadual do partido, Teresa Leitão, admite que resquícios da celeuma que corroeu o PT em 2012 ainda podem ser localizadas dentro do partido. De acordo com a petista, entretanto, representantes das principais correntes do partido se movimentam para recriar a união em prol do pleito presidencial.


“Na eleição do PED todos assinamos um compromisso de recolher as armas e reunificar forças em torno do que for melhor para Dilma”, relatou. “O processo de 2012 prejudicou muito o partido. Agora criamos uma comissão de tática eleitoral que vai se reunir já no próximo dia 18 para avaliar o cenário melhor para a presidenta”, disse Teresa, reafirmando que a principal missão do PT é reeleger Dilma ao Palácio da Alvorada.

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