Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
O juiz imposto por Barbosa (ele derrubou o outro) adiou por
tempo indeterminado a análise que iria determinar se Dirceu falou ou não ao
celular na Papuda. Com isso, ele mantém ilegalmente Dirceu preso em regime
fechado.
Todos inquéritos realizados já foram concluídos, e
concluíram que não houve a maldita conversa ao celular. Lewandowski já tinha
autorizado a permissão para Dirceu trabalhar, liberando o ex-ministro para
cumprir a pena de semiaberto, conforme consta em sua sentença, mas o ódio de
Barbosa é ilimitado e ele cancelou a decisão de Lewandowski.
Para cúmulo das arbitrariedades, a Globo iniciou nova
campanha contra os condenados petistas na Papuda, alegando que eles tem
“privilégios”. Sendo que o único privilégio apontado pelo jornal são fofocas sobre
deputados que visitam alguns réus, usando de suas prerrogativas como
parlamentar. Outra fofoca é sobre a demissão de um diretor da Papuda porque
teria implicado com a barba de Delúbio.
Como assim privilégio, se Dirceu é mantido preso
ilegalmente, e ainda é perseguido covardemente pela Globo, já que não pode
responder?
Na página 3, a mais importante do jornal, há um editorial
intitulado Desrespeito, em que o Globo desfia a ladainha dos privilégios e
ataca o “Poder Executivo”. Ora, e o Poder Judiciário que desrespeita a própria
sentença judicial ao manter Dirceu preso em regime fechado? Não está
desrespeitando? O Globo não vai falar nada sobre isso?
Será que o jornalismo da Globo não tem nada mais importante
a fazer do que perseguir José Dirceu e Delúbio? Que mesquinharia! Os caras já
não estão presos?
Abaixo o texto do Fernando, no Tijolaço, que me inspirou
esse post:
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Ódio de Joaquim Barbosa mantém Dirceu em regime fechado e
ilegal
Por Fernando Brito, no Tijolaço.
Todos se recordam que Joaquim Barbosa tanto fez que derrubou
o juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que é o responsável
pela administração das penas impostas a José Dirceu.
Assim como foi Joaquim Barbosa que revogou a ordem do
presidente interino do STF Ricardo Lewandowski para que o pedido de trabalho
externo, a que José Dirceu tem direito como condenado em regime semi-aberto,
tramitasse.
Agora, todos temos direito de imaginar que o “espírito
barbosiano” tenha influído na decisão do novo titular a Vara de Execuções
Penais de suspender e adiar sine die a audiência para apurar uma suposta
conversa de Dirceu ao celular, cuja única “prova” é uma declaração – já
desmentida – publicada na Folha.
A escandalosa manipulação dos procedimentos judiciários “de
acordo com o freguês” é uma situação que, se ainda houvesse consciência
jurídica no Brasil, estaria provocando um escândalo nos meios jurídicos.
Mas a justiça brasileira é, hoje, um poder avassalado pela
mídia.
Não é nada mais odioso do que o ódio togado.
E nada mais perigoso para as instituições
democráticas
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