Por Bepe Damasco, em seu blog:
Uma rápida olhada nos números abaixo é suficiente para
entender porque a direita e seu longo braço na mídia monopolista não param de
atacar o programa Mais Médicos.
- 6.658 médicos trabalham no programa em 2166 cidades
brasileiras e 28 distritos indígenas;
- 23 milhões de pessoas beneficiadas;
- A meta do governo é ter, já a partir do novo ciclo do
programa que começa em março, 9, 5 mil médicos atuando no Brasil, dentre os
quais, 7,4 mil cubanos.
A oposição destro-midiática sabe que o programa será um dos
principais trunfos eleitorais da campanha da reeleição da presidenta Dilma e da
luta do ex-ministro Alexandre Padilha para acabar com o reinado tucano de quase
20 anos em São Paulo.
Para desmoralizar o programa, tenta-se a todo custo passar a
impressão de que existe uma debandada de cubanos, especialmente depois que a
médica Ramona Matos Rodrigues abandonou o Mais Médicos e se refugiou no
gabinete do líder do DEM na Câmara dos Deputados, o líder ruralista Ronaldo
Caiado.
O PIG amplifica como pode o motivo alegado por Ramona para
deixar o programa e desertar do seu país : quer ganhar o mesmo valor pago a
todos os profissionais, R$ 10 mil. Ocorre que os cubanos recebem menos porque
todos os países que firmam acordos com a Ilha para receber seus médicos, o
fazem via Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), organismo ligado à ONU.
A engrenagem, então, funciona assim : o Brasil paga à Opas
R$ 10 mil reais por cada médico cubano integrante do programa. Esse dinheiro é
repassado integralmente para o governo de Cuba. Este usa uma parte para pagar
os profissionais que atuam no Brasil e outra é reinvestida no sistema público
de saúde de Cuba, um dos mais elogiados do mundo.
Sinceramente, não sei exatamente quanto cada médico cubano
acaba recebendo do seu governo, pois as informações à disposição são imprecisas
e confusas. O certo é que todos os que foram questionados pela mídia brasileira
assim que aqui chegaram rechaçaram com veemência as insinuações de que se
submetiam a uma espécie de trabalho escravo. Na ocasião, disseram em alto e bom
som que ganham o justo pelo seu trabalho.
E, quando falarem em êxodo ou debandada cubana do programa,
atenção para o quadro real até agora : segundo o Ministério da Saúde, 27
cubanos deixaram o programa. O paradeiro de 24 é conhecido. Além de Ortélio
Guerra, que largou o Mais Médicos e viajou para os EUA, 22 voltaram para Cuba,
dos quais 17 alegando problemas de saúde próprios ou de familiares Já Ramona
continua no Brasil abrigada pelo DEM.
Moral da história : enquanto os cães ladram, a caravana
passa. E a parcela de brasileiros mais carente e desassistida agradece. O
programa vai muito bem, obrigado. Não é à toa que é aprovado por 75% da população.
* Com informações da revista IstoÉ.
0 comentários :
Postar um comentário