IV – Parte.
Por Dedé Rodrigues.
Foto dos professores presentes no 3º encontro da rede do Pajeú - 2014. Carnaíba.
Conforme a explanação do Professor José Apolinário da UFRPE
no 3º Encontro de Professores da Rede em Carnaíba (2014) abordando a questão da
cidadania ele disse: “todo mundo decorou o termo, mas isto é suficiente?”. Aprofundando
a questão ele cita (Gohn, 1995, p. 195) que defende a ideia de que “a cidadania
tem duas dimensões: a individual e a coletiva”. Mas eu pergunto: qual é o tipo de cidadania
que o professor vivencia mais com o seu
aluno?
O Professor Apolinário diz que não há modelos de cidadania, nem de escola e nem de família, pois elas são heterogêneas. Para ele “isto vem dentro da crise de valores e do fracasso das instituições modernas”. Dentro desta crise vem à questão da “perda da autoridade do Professor”. Isto é ruim? Neste caso, não. Afirma ele. Reforçando a sua tese ele diz também que a palavra crise vem do grego que pode significar: “a exposição das insuficiências e por isto torna-se uma porta aberta para as perspectivas de mudanças”. Então pode-se deduzir também que a crise pode significar ruptura ou término de uma determinada situação. “A crise é a prova de que somos sujeitos históricos”, diz ele. Mas quem quer sair do comodismo? Questiona. E quem quer assumir a cidadania coletiva para mudar a nossa realidade? Eu acrescento. Que relação podemos estabelecer entre a greve dos professores em Tabira deste ano com o tema cidadania?
O Professor Apolinário diz que não há modelos de cidadania, nem de escola e nem de família, pois elas são heterogêneas. Para ele “isto vem dentro da crise de valores e do fracasso das instituições modernas”. Dentro desta crise vem à questão da “perda da autoridade do Professor”. Isto é ruim? Neste caso, não. Afirma ele. Reforçando a sua tese ele diz também que a palavra crise vem do grego que pode significar: “a exposição das insuficiências e por isto torna-se uma porta aberta para as perspectivas de mudanças”. Então pode-se deduzir também que a crise pode significar ruptura ou término de uma determinada situação. “A crise é a prova de que somos sujeitos históricos”, diz ele. Mas quem quer sair do comodismo? Questiona. E quem quer assumir a cidadania coletiva para mudar a nossa realidade? Eu acrescento. Que relação podemos estabelecer entre a greve dos professores em Tabira deste ano com o tema cidadania?
Para o Professor Apolinário: “O contexto pós-moderno é o
palco em que coabitam (a cidadania individual garantidora da liberdade, da auto
realização, da expressão, do livre comércio, mediada pelo estado) e a cidadania coletiva (grupos
econômica e culturalmente, excluídos, por meio das reivindicações e conquistas
de direitos e bens de serviços).
Um dos grandes desafios para nós professores é saber se
estamos preparando os nossos alunos mais para o mercado ou Mais para a
cidadania. Neste caso eu concordo plenamente com o nosso palestrante que “a
gente precisa acabar com o positivismo e com o cartesianismo nas escolas”. “O
professor de matemática precisa discutir cidadania também”. Não podemos permitir que o mercado tome o lugar da família e da escola”.
É duro a gente reconhecer que esta realidade no parágrafo anterior
citada pelo Dr. Apolinário predomina nas escolas brasileiras, ou seja: o
mercado, o indivíduo, o lucro e o capitalismo dão o norte à educação e a
prática da maioria dos nossos professores. No entanto torna-se necessário “transformar
a escola em um lugar público”. Para a construção da cidadania precisamos vivenciar
uma ampla democracia na escola, pois ela deve ser o laboratório da construção
da cidadania e da democracia, ou seja, do respeito às diferenças de todo tipo
que existem no país.
Para concluir esta parte aproveito a afirmação do filósofo José
Apolinário que questiona dizendo o seguinte: “quantos professores não são tolhidos
no próprio município e na própria escola para calar, não agir ou fazer algo que
contrarie o senso comum”? Em outras palavras ele também questiona como é que o
professor ensina cidadania se nem ele a exercita direito? Penso que a greve dos professores municipais
de Tabira no início do ano letivo de 2014 pode servir como laboratório de
pesquisa para a confirmação ou a negação destes questionamentos. Quantos
professores entraram em greve em Tabira em 2014 independente de ser oposição ao
prefeito ou independente do partido ao qual votou ou ao qual pertence? Quem entrou em greve ensina a cidadania para
os seus alunos na prática e cortou o cordão umbilical ao qual podia um dia está
preso. Quem furou a greve pode até ensinar cidadania na teoria, se é que ensina,
mas não tem um exemplo prático tão convincente igual ao grevista.
A greve serve também para reforçar outra
afirmação do professor Apolinário “se retira o diálogo, mata-se as pessoas”. Aqui ele reforça a necessidade do diálogo nas relações
humanas, professor\aluno. Professor\professor. Professor\gestor escolar. No caso da greve: Professor\prefeito municipal. Aí eu lembrei de que os professore grevistas
de Tabira reclamavam justamente do prefeito e da sua equipe da falta de um diálogo
franco e aberto com a categoria para negociar. O que aconteceu foi o contrário:
corte do ponto dos grevistas, substituições arbitrárias e divulgação em carro
de som convocando os pais para mandarem os seus filhos à escola nos três dias, nos
quais, estavam em estado de greve. O desafio
maior do docente que quer ensinar cidadania na teoria e na prática é peitar os
resquícios do coronelismo na escola, no município, no Estado e no país. Os professores que enfrentaram a arrogância do
prefeito de Tabira em 2014 nos dão a receita de como ensinar a cidadania
coletiva, rompendo com a lógica puramente mercadológica e individualista que
existe ainda em nossas escolas.
0 comentários :
Postar um comentário