Da Rede Brasil Atual:
As concessionárias que administram os pedágios nas estradas
estaduais arrecadaram, em 2013, cerca de R$ 6,891 bilhões, de acordo com o
Pedagiômetro– que utiliza os relatórios de arrecadação das concessionárias para
estimar o faturamento das praças de pedágio paulistas. Segundo nota da bancada
do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, o valor é apenas R$ 733 milhões
mais baixo que os R$ 7,6 bilhões previstos no documento Matriz de
Responsabilidades, do Portal Transparência, do governo federal, para a reforma
e ou construção dos 12 estádios que sediarão jogos da Copa do Mundo de futebol.
Os cálculos, diz a nota, são de diferentes fontes, incluindo
BNDES, Caixa Econômica Federal, além de governos estaduais e municipais, dentre
outros, e explicam por que a construção das praças de pedágios no estado
saltaram de 40, em 1997, para 246, em 2013.
Em seu site, a bancada lembra que as estradas que foram
repassadas à iniciativa privada, principalmente na primeira fase, em 1998,
apresentavam boa qualidade, construídas com recursos dos impostos pagos pelos
contribuintes estaduais.
“Os tucanos entregaram para a iniciativa privada o melhor,
as rodovias duplicadas e com maior fluxo de tráfego”, diz o texto.
Ainda segundo a bancada do PT, 67% das concessões de
rodovias paulistas usam o IGP-M como indexador para corrigir o valor das
tarifas de pedágios anualmente e o restante usa o IPCA. De junho de 1998 até
maio de 2013, a variação do IGP-M foi de 248%, enquanto para o IPCA foi de
152%.
Os valores das tarifas de pedágios cobradas no estado de São
Paulo serão alvo de investigação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na
Assembleia Legislativa. O pedido de instalação da comissão foi protocolado em
março de 2011, mas só agora passará a ser tema de apuração.
A bancada petista na Assembleia Legislativa – que já indicou
os deputados Antonio Mentor e Gerson Bittencourt como membros titulares da CPI
– aguarda a indicação dos representantes das demais bancadas, num total de nove
parlamentares. Depois disso, deverá ser convocada a primeira reunião da
comissão, que elegerá presidente e vice. É de praxe que a presidência ou a
relatoria fiquem com o autor do pedido, que foi o deputado Mentor.
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