Miroslav Klose fez história nesta tarde no Castelão; ao
marcar um gol menos de um minuto depois de entrar em campo contra Gana, ele se
tornou o maior artilheiro de todas as Copas, igualando o recorde de Ronaldo; um
mês atrás, o ex-jogador brasileiro concedeu uma polêmica entrevista à Reuters,
quando disse que sentia vergonha do Brasil, por, segundo ele, estar passando
uma péssima imagem ao mundo, e que iria "secar" o atacante Klose;
#copadascopas encanta o mundo com recordes como o de Klose
21 de Junho de 2014 às 17:51
247 - O atacante Ronaldo tem motivos para ter uma ressaca
neste sábado. Nesta tarde, o atacante Miroslav Klose fez história no Castelão,
ao marcar um gol contra Gana menos de um minuto depois de entrar em campo,
tornando-se, assim, o maior artilheiro da história das Copas, ao lado de
Ronaldo.
Klose, no entanto, tem uma vantagem em relação ao
brasileiro. É o terceiro jogador a marcar gols em quatro Copas. Antes dele,
apenas Pelé e Uwe Seeler conseguiram tal façanha.
Antes da Copa, Ronaldo concedeu uma polêmica entrevista à
Reuters. Disse que sentia vergonha do País em razão da preparação do País para
o Mundial. Ronaldo afirmou ainda que iria secar Klose para que seu recorde não
fosse quebrado.
Klose já igualou o recorde e a Copa ainda não acabou para os
alemães...
Leia, abaixo, um trecho da entrevista de Ronaldo:
SÃO PAULO (Reuters) - Membro do Comitê Organizador Local
(COL) da Copa do Mundo, o ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo disse se
sentir envergonhado com os atrasos e dificuldades do país nos preparativos para
o torneio, mas defendeu que o Mundial não seja alvo de protestos e culpou os
governos pelos problemas.
Ronaldo acredita que as críticas feitas pela Fifa ao Brasil
por não ter cumprido prazos são justas, já que o país concordou com todas as
exigências da entidade quando aceitou ser sede da competição, em 2007.
"E de repente chega aqui é essa burocracia toda, uma
confusão, um disse me disse, são os atrasos. É uma pena. Eu me sinto
envergonhado, porque é o meu país, o país que eu amo, e a gente não podia estar
passando essa imagem para fora", afirmou o ex-jogador em entrevista à
Reuters na sede de sua agência de comunicação, em São Paulo, nesta sexta-feira.
"Os estádios, de uma maneira ou outra, vão estar
prontos. Agora, o legado que fica para a população mesmo --as obras de infraestrutura,
de mobilidade urbana, aeroportos – é uma pena que tenham atrasado tanto",
acrescentou.
Os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo, que será
disputada de 12 de junho a 13 de julho, têm sido problemáticos. Apenas dois dos
12 estádios ficaram prontos no prazo determinado pela Fifa, enquanto muitas
obras em aeroportos e de mobilidade urbana atrasaram e outras foram
abandonadas.
"Perdemos muito tempo. Os governos deveriam ter feito
as coisas muito antes", disse Ronaldo, afirmando em seguida que o Mundial,
ao menos, proporcionou mudanças em cidades brasileiras e citou Cuiabá, uma das
12 sedes de jogos da competição.
"Vi cidades com muitas obras... Quem sabe quantas obras
assim seriam feitas em Cuiabá se não fosse a Copa do Mundo?"
"A Copa do Mundo é uma ferramenta que trouxe uma série
de investimentos para o nosso país. Poderia ter sido perfeito, se fizessem tudo
o que prometeram, mas isso não tem a ver com Copa do Mundo, tem a ver com os
governos que prometeram e não cumpriram", acrescentou.
Segundo o ex-atacante, que foi duas vezes campeão mundial
com o Brasil (1994 e 2002) e é o maior artilheiro de todas as Copas, com 15
gols em quatro participações no torneio, os investimentos com o Mundial não
deveriam ser alvos de protestos.
Na Copa das Confederações de 2013, houve manifestações perto
dos estádios com um grande número de pessoas que cobravam mais investimentos na
saúde, educação e segurança e reclamavam do dinheiro gasto em eventos
esportivos. Os protestos persistem neste ano e devem ocorrer durante a Copa.
"As pessoas olham o Mundial como o grande vilão do
nosso país e não é. A gente não pode esquecer que o nosso Brasil não era essa
maravilha toda antes da Copa do Mundo. Era igual ou pior", disse ele,
acrescentando que há um temor entre os estrangeiros de vir ao país.
"O que eu ouço lá fora é que todo mundo têm um receio,
principalmente por causa da segurança. Mas o que a gente passa lá fora é que o
Brasil tem melhorado nessa questão e que na Copa do Mundo não vai ter nenhum
problema", afirmou Ronaldo, para quem as manifestações não vão atrapalhar
a seleção brasileira.
Ronaldo foi escalado em 2011 pelo então presidente do COL,
Ricardo Teixeira, para o conselho de administração da entidade, numa tentativa
de apaziguar as críticas à preparação do Brasil para a competição.
O ex-atacante tornou-se a principal imagem do COL,
especialmente nos eventos relacionados à Copa do Mundo no exterior e em visitas
às cidades-sede, apesar de não ter um papel de atuação executiva no dia-a-dia
da entidade.
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