quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Senadora pede fim do financiamento de campanhas por empresas


A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu nesta quarta-feira (18) em Plenário o fim do financiamento empresarial das campanhas. A mudança é classificada pela senadora como principal a ser feita na reforma política reivindicada pela população nas manifestações de 2013. Para ela, o financiamento das campanhas eleitorais por empresas gera casos corrupção no país, como as denúncias que envolvem a Petrobras. 



Agência Senado
Vanessa alertou para a ameaça de "alterações antidemocráticas" nas propostas em discussão na comissão especial da Câmara dos Deputados.  Vanessa alertou para a ameaça de "alterações antidemocráticas" nas propostas em discussão na comissão especial da Câmara dos Deputados.  
“Vamos debater a corrupção, vamos nominar os culpados, vamos lutar para que estes sejam punidos, mas vamos mudar o estado brasileiro, vamos promover uma reforma que afaste as
empresas das campanhas eleitorais porque empresa tem nome físico, mas não tem direito ao voto”, avalia a senadora.


Ela explica que “apenas aquele ou aquela que tem direito ao voto é que deve ter condições de influir nesse processo tão nobre, não só da democracia brasileira, mas da democracia universal.”

Na opinião da senadora, a comissão especial da Câmara dos Deputados criada para discutir a reforma política já dá sinais de que pretende promover "alterações antidemocráticas". 

Segundo Vanessa Grazziotin, a intenção de alguns parlamentares é defender o financiamento privado das campanhas, criar uma cláusula que impeça o funcionamento dos partidos pequenos e excluir o povo do processo democrático.

A senadora também fez um apelo ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que libere para julgamento o processo relativo ao fim do financiamento privado. Seis dos onze ministros já haviam se manifestado a favor de acabar com o financiamento de campanhas por empresas. Em abril de 2014, o ministro pediu vista do processo, o que parou o seu andamento.

Na opinião da senadora, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que quer proíbe o financiamento privado de campanha, é consistente e mostra de forma clara a deturpação causada pela interferência das empresas no processo eleitoral.

Do Portal Vermelho
De Brasília, Com Agência Senado
 

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