Por Miguel do Rosário
Concordo com esse raciocínio do 247. É cristalino.
Inquéritos abertos contra Cunha e Renan, presidentes das
duas casas legislativas, enterram definitivamente o impeachment.
Afinal, quem votará o impeachment? Os deputados sob
suspeita?
Além dos presidentes da Câmara e do Senado, as lideranças
partidárias da oposição também estão na lista do Janot.
Nessas circunstâncias, quem votará pela derrubada de uma
presidenta acima de qualquer suspeita, que não figura em nenhuma lista?
Quem saber agora a Dilma não ganha paz que precisava para
começar a governar?
*
UM CONGRESSO SOB SUSPEITA PODE AFASTAR A PRESIDENTE?
O efeito colateral dos pedidos de investigação apresentados
pelo procurador Rodrigo Janot é o sepultamento de qualquer fio de esperança
relacionado ao impeachment da presidente Dilma Rousseff; um pedido de
investigação teria que ser aceito pela Câmara dos Deputados, presidida por
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está na lista de Janot; uma votação, passaria pelo
Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL), que também será alvo de um
inquérito; além disso, depois que um dos líderes da oposição, senador Aécio
Neves (PSDB-MG), pediu cautela, qualquer aventura antidemocrática perderá
credibilidade; o impeachment morreu
4 DE MARÇO DE 2015 ÀS 08:34
247 – A questão é simples e direta: com que moral um
Congresso sob suspeita poderá encaminhar eventual pedido de impeachment de uma
presidente reeleita com 54 milhões de votos, há menos de três meses?
Sim, este é o efeito colateral dos pedidos de investigação
apresentados ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot. Afinal, estão na lista nada menos que os presidentes das duas
casas legislativas: o da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Um eventual pedido de impeachment teria que ser acolhido
pela Câmara de Cunha e votado pelo Senado de Renan. Qualquer decisão tomada por
um outro nessa direção teria cheiro de retaliação. Além disso, um dos
principais líderes da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), pediu cautela.
Se deve-se ter cautela em relação a Eduardo Cunha e Renan Calheiros, mais ainda
em relação à presidente Dilma, que nem sequer foi citada nas investigações.
Já antevendo que a lista de Janot “democratizaria” o foco do
escândalo da Petrobras, 247 antecipou, ontem, que os pedidos de investigação ao
STF dariam certa trégua ao PT e à presidente Dilma (leia mais aqui).
O impeachment é página virada. O desafio, agora, é
reconstruir a base política num ambiente marcado pelo ressentimento e pela
desconfiança.
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