"O que há hoje é uma histeria coletiva. Famosa
indignação coletiva. Ficam anos sem se manifestar, sem participar de nada. Não
participam da vida do Legislativo, não sabem o que é reforma política e de
repente ficam indignados, como se a corrupção tivesse sido inventada ontem. É
uma luta idiota essa pelo fim da corrupção", diz Gregório Duvivier, um dos
integrantes do Porta dos Fundos; ele aponta um viés golpista nas manifestações
e diz que a presidente Dilma deve, sim, ser criticada, mas pela esquerda
15 DE MARÇO DE 2015 ÀS 08:24
247 - Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, o ator,
poeta e humorista Gregório Duvivier definiu como 'histeria coletiva' o que se
vê hoje no Brasil.
"O que há hoje é uma histeria coletiva. Famosa
indignação coletiva. Ficam anos sem se manifestar, sem participar de nada. Não
participam da vida do Legislativo, não sabem o que é reforma política e de
repente ficam indignados, como se a corrupção tivesse sido inventada ontem. É
uma luta idiota essa pelo fim da corrupção — afirma", disse ele.
Ele também aponta um viés golpista nas manifestações deste
domingo. "Em vez de pensar na reforma, em uma maneira efetiva de acabarem
com a corrupção em longo prazo, as pessoas pensam em algo superficial. O que se
quer é um golpe. Querem a volta dos militares. Qual a proposta de quem quer
tirar a Dilma? Pra botar quem? Por quê? Qual é a alegação, a legalidade
disso?", questiona.
Ele afirma ter votado em Dilma no segundo turno e diz que a
crítica deve ser feita pela esquerda. "Meu voto nela foi no segundo turno.
Dado o que tinha, preferi ela, mas sei que tem mil problemas nesse governo. Mas
temos que bater no governo pela esquerda e não pela direita. A questão
ambiental e indígena é uma tragédia. Devemos questionar por que ele está tão a
direita. E quanto a corrupção, não é problema especifico do Governo
Dilma."
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