Uma nova tecnologia desenvolvida no Brasil vai permitir
acelerar a conexão à internet. Aplicado nas redes de fibra óptica, o componente
- uma espécie de chip - tem um tamanho muito menor do que os existentes
atualmente e utiliza tecnologia fotônica, que recorre a elementos de luz para
transmitir informações.
Reprodução
Chip fotônico recorre a elementos de luz para transmitir
informações, ocupando um espaço menor e consumindo menos energiaChip fotônico
recorre a elementos de luz para transmitir informações, ocupando um espaço
menor e consumindo menos energia "Nós estamos desenvolvendo uma tecnologia
de transmissão de dados bem mais compacta e com menor consumo de energia",
explica Júlio César de Oliveira, pesquisador e presidente da BR Photonics,
empresa responsável pelo desenvolvimento do mecanismo. A companhia foi criada em
março de 2014 por meio de uma parceria entre o Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e a empresa norte-americana
GigOptix.
A empresa também recebeu recursos do Fundo para o
Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicaçõest (Funttel), administrado pelo
Ministério das Comunicações. O fundo destinou cerca de R$ 200 milhões ao CPqD
para pesquisas na área de comunicações. Esse investimento possibilitou
inovações que resultaram no chip fotônico.
Mais velocidade
A novidade vem ao encontro das necessidades de clientes de
internet no mundo todo num momento em que a demanda por conectividade não para
de crescer. Cada vez mais, as pessoas guardam seus arquivos e informações na
nuvem - para acessar de qualquer lugar – e não mais em casa, no computador ou
em outros dispositivos. Isso sem falar dos aplicativos utilizados nos
smartphones e tablets, que também utilizam a rede óptica.
A nova tecnologia também atende ao anseio das operadoras,
que procuram equipamentos cada vez menores, que gastem menos energia elétrica e
que possam ser instalados dentro das plataformas já existentes nas centrais de
telecomunicações. A tecnologia produzida pela BR Photonics ocupa uma área cinco
vezes menor que a utilizada atualmente, possibilitando aumentar a densidade de
dados com a inclusão de um número maior de componentes na mesma plataforma.
A expectativa da empresa é alcançar o mercado global.
Segundo o pesquisador, empresas da Alemanha e de Israel têm sido os principais
interessados na novidade brasileira. A previsão é que o faturamento da empresa
chegue a cerca de R$ 145 milhões em 2019, com um lucro de aproximadamente R$ 31
milhões.
Fonte: Ministério das Comunicações
0 comentários :
Postar um comentário