
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realiza a partir desta sexta-feira (29) até domingo (31), em São Paulo, a sua 10ª Conferência Nacional que culminará o processo de sucessão da presidência do Partido. Renato Rabelo, que presidiu a organização durante os últimos 13 anos, transmite o cargo à camarada Luciana Santos, atual vice-presidenta e deputada federal pelo estado de Pernambuco.
Vice-presidenta do PCdoB, Luciana Santos.

O evento acontecerá no teatro da Unip (Campus Barcelar) e tem como objetivo definir o posicionamento do PCdoB no atual momento de grande acirramento político nacional e apontar as perspectivas de sua atuação. A atividade encerra um ciclo de debates que mobilizou a militância comunista em todo o país.
O Projeto de Resolução que subsidiou o debate da Conferência aponta para a construção de uma “frente ampla em defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia” e apresenta como bandeiras prioritárias “a defesa da democracia, a defesa da Petrobras e da engenharia nacional, a retomada do crescimento da economia; o combate à corrupção com o fim do financiamento empresarial das campanhas”, entre
outras.O evento vai contar com a presença de mais de 500 militantes, entre delegados e convidados.

No Hall de entrada do teatro da UNIP, durante toda a Conferência, será apresentada a exposição sobre a trajetória histórica de 93 anos do PCdoB, organizada pela Fundação Maurício Grabois.
Perfil
Luciana Santos é engenheira eletricista, vice-presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e deputada federal por Pernambuco.
Na política, começou a militância no movimento estudantil, em 1984 no movimento Viração. Foi presidente do Diretório Acadêmico (DA) de Engenharia e Computação da UFPE (1985), dirigente do DCE e vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes, UNE, (1989-1991). Em 1987 filiou-se ao PCdoB. É membro do Comitê Estadual do PCdoB/PE e membro do Comitê Central desde 2001.
Exerceu mandato como deputada estadual, foi prefeita reeleita de Olinda (2000 a 2008), presidenta do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) de Pernambuco (1995-1996), e secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco (2009 a 2010).
Paralelo aos mandatos como prefeita foi coordenadora estadual da Frente Nacional dos Prefeitos (2004), vice-presidente da Organização das Cidades-Patrimônio Mundial Brasileiro, (2003-2008); e secretária regional para América Latina da Organização de Cidades-Patrimônio Mundial (2007-2009), e presidente da Frente Nacional de Prefeitos das Cidades Tombadas pelo Iphan.

Foi presidenta da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura, um dos mais importantes colegiados do Congresso Nacional que reúne mais de 300 congressistas e representantes da sociedade civil e do movimento cultural para debater temas estruturantes para a consolidação das políticas públicas culturais no país, onde ainda atua. Também é membro da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito a Comunicação com Participação Popular (Frentecom), entre outras frentes.
Em outubro de 2013 foi designada relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Trabalho Infantil, e do Projeto de Lei que trata sobre Direito de Resposta. Atuação Política
Luciana Santos nasceu em Recife (PE) e começou sua atuação na política ainda como estudante de Engenharia Elétrica, na UFPE. Candidatou-se a vereadora de Olinda, concorrendo pela primeira vez a um cargo público, em 1992. Em 1994 concorreu a uma vaga como deputada estadual. Ficou na suplência e assumiu o mandato dois anos depois. Em 1998 Luciana reelegeu-se com 26 mil votos, quase o dobro dos obtidos no pleito anterior.
Em 2000 foi eleita prefeita de Olinda com mais de 107 mil votos. A primeira prefeita comunista do Brasil foi reeleita em 2004, no primeiro turno, com cerca de 122 mil votos. Encerrando o mandato como prefeita, assumiu a secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Pernambuco, de onde saiu para assumir o mandato de deputada federal, para o qual foi eleita com 105.253 votos.
Na Câmara atua prioritariamente nas áreas de Comunicação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação e Desenvolvimento Urbano.
Entre as ações de destaque apresentadas pela parlamentar estão a defesa do Projeto de Lei da Biodiversidade, a relatoria do Direito de Resposta e o debate acerca do Novo Código Nacional de Ciência e Tecnologia. Foi relatora da subcomissão para análise de formas de financiamento de mídia alternativa; do Estatuto do Artesão, que cria a profissão de artesão e disciplina a atividade em território nacional, da CPI do Trabalho Infantil e do PL do Direito de Resposta, entre outros.
Atuando na Comissão Especial do Novo Código de Ciência, Tecnologia e Inovação (PL 2177) destacou-se na defesa do Projeto de Lei de acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado, a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade.
Nas emendas parlamentares busca distribuir recursos com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento do Estado, priorizando receitas na área de Saúde, Ensino Superior e Ciência e Tecnologia, e Cultura, sem esquecer de investimentos em infraestrutura para os municípios e em políticas públicas específicas como as relacionadas à questão da mulher.
Do Portal Vermelho; colaborou Ana Cristina Santos
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