Por Altamiro Borges
Se dependesse da revista “Veja”, com seu famoso complexo de
vira-lata, o Brasil já teria sido extinto do mapa mundial. Nas suas
“reporcagens” e capas assustadoras, é só desgraça. Nada presta. É caos
econômico, corrupção desenfreada, incompetência hereditária e tudo de mal. De
tanto esbravejar sobre a desgraceira do país, porém, parece que o Grupo Abril,
que edita o panfleto terrorista, é quem está falindo. Já extinguiu inúmeros
títulos, vendeu o filão da editora de livros e demitiu centenas de
funcionários. Nesta semana, para agravar ainda mais o cenário, a empresa da
famiglia Civita anunciou o facão sumário de 45 profissionais da intocável
revista “Veja”, algo inédito na história recente.
Surpreso com as dispensas, o Portal dos Jornalistas
informou: “Nas várias reestruturações efetivadas pela Editora Abril nos últimos
dez ou 20 anos, um único núcleo da empresa manteve-se praticamente intacto e
imune às crises de qualquer natureza: a revista Veja, menina dos olhos de Roberto
Civita, que nunca deixou chegar à publicação cortes mais profundos. Com a morte
dele e o agravamento da crise do mercado editorial, particularmente no segmento
de revistas, essa blindagem perdeu vigor e a revista, após anos de certa
segurança, sofreu este ano cortes importantes, como o anunciado semanas atrás,
com várias demissões e o fechamento das Vejinhas BH e DF”. O relato dramático
prossegue:
“Agora, nos últimos dias, discretamente a revista negociou
também as saídas das editoras executivas Vilma Gryzinski, que cuidava dos
núcleos de comportamento, estilo e moda, e Isabela Boscov, que ali começou em
setembro de 1999, respondendo inicialmente pela parte de cinema, e que, a
partir de 2010, também acumulou as funções de editora executiva. Além delas,
também saiu a editora Karina Pastore, do núcleo de saúde, e o colunista Leonel
Kaz... Dois outros editores executivos haviam saído numa fase anterior: Carlos
Graieb, quando foi convidado a assumir a direção de redação da Veja.com, e
Jaime Klintowitz, que exatamente um ano atrás se aposentou”.
Dos cinco editores executivos que a revista possuía até
2012, resta agora apenas Diogo Xavier Schelp. Ainda segundo o portal, as
mudanças ainda “não chegaram a andar de cima, preservando a direção de redação
(Eurípedes Alcântara) e os redatores-chefes Fábio Altman, Lauro Jardim,
Policarpo Júnior (Brasília) e Thaís Oyama. Embora tenham sido passos discretos,
estima-se que o corte total, ao longo das últimas semanas, atingiu 32 pessoas
em São Paulo e 49 em todo o Brasil. A revista também negociou uma redução da
ordem de 10% nos frees de vários de seus colunistas”. Será que Reinaldo
Azevedo, Augusto Nunes e outros pitbulls da revista também foram prejudicados
nos seus salários. Até agora eles não postaram nenhuma matéria venenosa sobre a
grave crise... da “Veja”.
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