Autor: Miguel do Rosário
A força da economia brasileira é impressionante.
É um erro comum a muitos analistas, inclusive do campo
progressista, comparar a economia brasileira de hoje com os anos 80 ou 90, ou
mesmo nos comparar às economias decadentes da Europa, como Espanha ou Grécia.
Não há comparação. A economia brasileira de hoje é
infinitamente mais sólida e mais diversificada do que a dos anos 90, porque
temos muito mais infra-estrutura, mais petróleo, mais energia, mais projetos em
andamento, houve um gigantesco crescimento do mercado de consumo, as contas
públicas são mais sólidas, o mercado de trabalho amadureceu, a mão-de-obra
evoluiu.
A economia não vai as mil maravilhas. Há enormes desafios a
superar. E o governo faz um jogo perigoso, ao sacrificar-se politicamente em
nome de iniciativas econômicas defendidas pelo campo adversário.
Entretanto, as filas de espera para os restaurantes da moda
continuam crescendo, os vôos continuam lotados, as lojas permanecem cheias, a
venda de ingressos para os cinemas bate recordes.
Sim, há setores em crise, como o de construção civil, em
função da maneira irresponsável como o Ministério Público conduz a operação
Lava Jato, portando-se quase com sadismo em relação ao imenso mercado de
trabalho envolvido.
A mídia e os setores que conspiram contra o governo e contra
o Brasil querem produzir uma crise de qualquer jeito, para usá-la como
instrumento de pressão política contra Dilma.
O próprio governo brinca com fogo, ao impor um ajuste fiscal
sem fazer antes uma campanha política de esclarecimento da população.
Jornalistas e analistas, porém, costumam subestimar a
inteligência do povo para driblar a crise.
Os institutos de pesquisa não captam a criatividade do povo.
O povo muda seus hábitos conforme a inflação, de maneira que
a inflação real na casa do cidadão é diferente da inflação do instituto de
pesquisa.
A inflação dos primeiros 15 dias julho, medida pelo IBGE,
ficou em 0,59%. Ainda é alto, mas é o menor índice do ano. E nos últimos meses,
a inflação tem arrefecido, de maneira que não é correto alardear um descontrole
inflacionário que não existe.
A comparação com Grécia ou Espanha é simplesmente idiota
porque o nosso endividamento é muito baixo, comparativamente a outras
economias, e nosso nível de reservas internacionais é um dos mais altos e sólidos
do mundo.
Abaixo reproduzo algumas notícias de hoje, que naturalmente
não vão para as manchetes da mídia apocalíptica. Ficam escondidas, quase com
vergonha, em pés de página.
Contra a apatia irritante do governo, contra o
conspiracionismo destrutivo do Ministério Público, contra as campanhas
apocalípticas da mídia, contra as manobras sinistras do imperialismo, contra
tudo e contra todos, a economia brasileira resiste!
***
No blog Arena do Pavini
Lucro da Vale avança 61%, Ambev lucra R$ 2,5 bi e Embraer
ganha R$ 399,6 mi no 2º trimestre
Por Mayara Baggio
A mineradora Vale lucrou 61% mais no segundo trimestre deste
ano, ante 2014, enquanto a líder em vendas de bebidas no país Ambev teve lucro
de R$ 2,5 bilhões e os ganhos da fabricante de aviões Embraer cresceram 24,9%,
apontaram os balanços divulgados hoje pelas companhias.
Após três trimestres de prejuízo, Vale ganha R$ 5 bi
Puxada pela melhora nos preços do minério de ferro no
mercado internacional e por reduções em custos, a Vale registrou lucro líquido
de R$ 5,144 bilhões no período, uma alta de 61,4% na análise anual. Depois de
registrar prejuízo por três trimestres seguidos, a empresa brasileira
apresentou uma geração de caixa livre, apontada pelo lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês), de R$ 6,817
bilhões, contra R$ 9,136 bilhões nos mesmos meses de 2014.
De abril até junho, a receita líquida da mineradora
totalizou R$ 21,44 bilhões, um recuo de 3% ante o ano anterior, enquanto os
custos aumentaram em 17,7%, para R$ 15,97 bilhões, e as despesas operacionais
caíram 49,9%, para R$ 1,53 bilhão.
Mesmo com vendas menores, Ambev lucra R$ 2,5 bi
Já na Ambev, o lucro líquido somou R$ 2,5 bilhões, uma alta
de 15,7% na comparação com 2014. A receita líquida da companhia ficou em R$
9,91 bilhões, acima dos R$ 8,17, bilhões do ano passado. O Ebtida da fabricante
cresceu 23,9%, para R$ 4,12 bilhões, apesar da queda nas vendas. Os volumes de
vendas consolidados diminuíram em 3,4%, diante da comparação com os meses da
Copa do Mundo de 2014 no Brasil. No trimestre, as vendas caíram 7,9%.
Lucro da Embrar sobe 25%
Devido, principalmente, à valorização do dólar frente ao
real, a fabricante de jatos Embraer teve lucro líquido no segundo trimestre de
R$ 399,6 milhões, um aumento de 24,9% na comparação com o ano anterior. A
receita líquida da exportadora totalizou R$ 4,66 bilhões, avanço de 18,6%. Por
fim, o Ebtida da companhia diminuiu em 5,95% na análise anual e somou R$ 548,2
milhões. No relatório trimestral, a Embraer também revisou suas projeções de
receita para 2015: entre US$ 5,8 bilhões e US$ 6,3 bilhões, ante estimativa
anterior de US$ 6,1 bilhões e US$ 6,6 bilhões. A mudança ocorreu por conta de
uma diminuição de US$ 300 milhões nos ganhos das áreas de defesa e segurança da
empresa.
***
No G1
Lucro do Bradesco cresce e chega a R$ 4,47 bilhões no 2º
trimestre
Em relação ao mesmo período de 2014, aumento foi de 18,4%.
No primeiro semestre, o lucro da instituição somou R$ 8,717
bilhões.
Do G1, em São Paulo
O banco Bradesco anunciou ter registrado lucro líquido
contábil de R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre de 2015, após atingir R$
4,244 bilhões nos três meses anteriores - um aumento de 5,4%. Já na comparação
com o mesmo período do ano passado, o lucro mostrou crescimento de 18,4%.
O banco Bradesco atingiu seu maior lucro trimestral na
história, segundo levantamento da consultoria Economatica. De acordo com o
levantamento, considerando todos os bancos de capital aberto, o lucro do
Bradesco neste segundo trimestre é o terceiro maior da história, atrás apenas
dos resultados do Banco do Brasil, em 2013, e do Itaú Unibanco, em 2014.
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