Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Enquanto galga mais um degrau em sua escalada de insanidade,
Matheus Sathler Garcia, o advogado que ameaçou a presidente Dilma Rousseff,
credencia-se como símbolo vivo dos grupos que pedem golpe de Estado e que
prometeram sair às ruas do país neste 7 de setembro para materializar esse
intento “com apoio dos militares”.
Na última sexta-feira, porém, o juiz federal da 12ª Vara do
Distrito Federal, Marcus Vinícius Reis Bastos, emitiu a medida cautelar Nº
51564-13.2015.4.01.3400, que determinou que Sathler Garcia, apesar das
alegações de sua família de que sofre de “problemas mentais”, fosse monitorado
por tornozeleira eletrônica para que, residente em Brasília, não pudesse se
aproximar das solenidades de 7 de setembro na Praça dos Três Poderes e na
Esplanada dos Ministério, e que tampouco pudesse se ausentar da cidade.
Confira, abaixo, a decisão do juiz federal e o mandado de
execução dessa decisão
Pouco antes de ser intimado, Sathler gravara vídeo diante de
uma instalação da Polícia Federal desdenhando a possibilidade de sofrer alguma
sanção por seu crime federal. E ainda fez mais ameaças de violência.
Apesar da fanfarronada, o Sathler que aparece em depoimento
à polícia é bem diferente. Após compungido depoimento negando suas intenções
violentas, foi dispensado de usar a tornozeleira sob confiança das autoridades
em sua promessa de cumprir a decisão judicial.
Confira, abaixo, um Sathler muito menos fanfarrão.
Contudo, a leitura das declarações do “advogado” às
autoridades revelam, senão reais problemas psicológicos, ao menos um
impressionante desconhecimento das leis brasileiras ao pregar, com a suavidade
de quem recita um poema, ruptura institucional violenta com utilização ilegal e
criminosa das Forças Armadas.
Seja como for, o “ comedimento” de Sathler e suas promessas
à Justiça Federal de cumprir suas determinações caíram por terra em novo vídeo
no qual o agora criminoso confesso manifesta, com clareza, intenção de
descumprir as determinações legais com as quais concordara em depoimento.
No vídeo, Sathler insulta pesadamente o juiz federal que lhe
impôs as restrições e, cometendo crime, rasga a decisão desse juiz.
A seu favor, Sathler conta com o fato de que sua atitude em
nada difere das atitudes de grande parte das pessoas que saem às ruas do país
no Dia de Sua Independência para clamar pelos mesmos objetivos do advogado
criminoso e, inclusive, através de boa parte dos métodos preconizados por ele –
quais sejam, o golpe militar.
Esse sujeito, pois, é um fidedigno mascote dessa massa
ignara e tresloucada que, se ele é demente, é tão demente, antidemocrática,
feroz e perigosa quanto ele – ou mais. A restrição judicial a Sathler, pois,
bem que poderia ser aplicada a todos quantos saem às ruas neste 7 de setembro
pedindo as mesmas sandices que ele.
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