Por Altamiro Borges
Numa ofensiva quase desesperada pelo impeachment da
presidenta Dilma, grupos direitistas - como o Movimento Brasil Livre (MBL), o
Vem Pra Rua e o Revoltados Online - realizaram nos últimos dias uma série de
manifestações no país. O slogan adotado pelos fascistas mirins foi "Natal
sem Dilma". No geral, os protestos foram esvaziados e frustraram os seus
organizadores. A própria mídia privada, que sempre deu ampla cobertura aos atos
golpistas, sentiu o baque e procurou esconder o fiasco. Até o jornal Estadão observou,
ironicamente, que os grupelhos evitaram citar as contas secretas na Suíça de
Eduardo Cunha, o presidente da Câmara Federal que deixou os fascistinhas
pendurados na brocha!
Segundo o noticiário, as manifestações frustradas tiveram
início no sábado (17). Em São Paulo, o ato em frente ao Fórum Federal Pedro
Lessa, na Avenida Paulista, reuniu umas 30 pessoas - numa conta generosa do
Estadão desmentida por várias fotos. "Eles prenderam laços verde e amarelo
em árvores, distribuíram adesivos com a frase 'Eu apoio a Lava Jato' e gritaram
palavras de ordem contra o PT". Em Belo Horizonte, segundo relato da
Folha, a concentração foi em frente à residência do governador Fernando
Pimentel (PT) e reuniu apenas 16 fanáticos dos grupos Patriotas, Brava Gente e
Mulheres da Inconfidência. Entre os poucos presentes, alguns fascistas que
realizaram um macabro protesto no funeral de José Eduardo Dutra, ex-presidente
do PT, e que já foram acionados pela Justiça.
Já em Brasília, de acordo com o Jornal do Brasil, "entre
15 e 20 pessoas participaram de ato em apoio ao juiz Sérgio Moro e à Operação
Lava Jato, no sábado, em frente à sede da Polícia Federal. O grupo enfeitou a
entrada do prédio com balões e faixas". O líder do MBL, Ricardo Honorato,
ainda tentou justificar o fiasco. "O que nós temos planejado são muitas
ações desse mesmo porte acontecendo em todo o país... Pode até chamar de ato
pipoca, porque a gente vai dando umas estouradinhas por ai". A piadinha,
porém, não escondeu o temor dos organizadores com o futuro destas ações
golpistas.
Nas redes sociais, os grupelhos fascistas anunciaram outras
17 manifestações nesta semana. No geral, porém, elas também foram frustrantes.
A que reuniu mais gente foi a de São Paulo, na segunda-feira (19). Nas contas
sempre generosas da Polícia Militar, cerca de 1.500 pessoas participaram da
marcha que saiu da luxuosa Avenida Faria Lima, na zona sul da capital. Entre as
"celebridades" presentes, o ator pornô Alexandre Frota, aquele que se
jactou de estuprar mulheres e que responde a um processo criminal. "Não
sou um artista vendido como o Jô Soares", afirmou ao microfone a figurinha
patética.
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