A Presidência da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou esta semana uma nota sobre "A
realidade sociopolítica brasileira: dificuldades de oportunidades"; o
texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da instituição, que esteve reunido
em Brasília, de 27 a 29 deste mês; a CNBB se manifesta sobre o momento de
crise e rejeita o golpe proposto pela oposição e pela mídia; "A
permanência e o agravamento da crise política e econômica, que toma conta do
Brasil, parecem indicar a incapacidade das instituições republicanas, que não
encontram um modo de superar o conflito de interesses que sufoca a vida
nacional, e que faz parecer que todas as atividades do país estão paralisadas e
sem rumo"
31 DE
OUTUBRO DE 2015 ÀS 19:50
O cafezinho - Os bispos do Brasil apontam dificuldades e
oportunidades na atual conjuntura social e política. A Presidência da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou esta semana uma nota
sobre "A realidade sociopolítica brasileira: dificuldades de oportunidades".
O texto foi aprovado pelo Conselho Permanente da instituição, que esteve
reunido em Brasília, de 27 a 29 deste mês.
Na nota, a CNBB manifesta-se a
respeito do momento de crise na atual conjuntura. "A permanência e o
agravamento da crise política e econômica, que toma conta do Brasil, parecem
indicar a incapacidade das instituições republicanas, que não encontram um modo
de superar o conflito de interesses que sufoca a vida nacional, e que faz
parecer que todas as atividades do país estão paralisadas e sem rumo",
declaram os bispos.
Para a entidade católica, a
frustração presente e a incerteza no futuro somam-se à desconfiança nas
autoridades e à propaganda derrotista, gerando um pessimismo contaminador.
"Porém, equivocado, de que o Brasil está num beco sem saída". Os
bispos alertam para que a população não se deixe tomar pela "sensação de
derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara
de vinagre" (Papa Francisco – Alegria do Evangelho, 85).
Os bispos chamam a população a
garantir a governabilidade do país, que implica no funcionamento adequado dos
três poderes; recuperar o crescimento sustentável; diminuir as desigualdades;
exigir profundas transformações na saúde e na educação; ampliar a
infraestrutura; cuidar das populações mais vulneráveis, que são as primeiras a
sofrerem com os "desmandos e intransigências dos que deveriam dar o exemplo".
Para a CNBB, cabe à sociedade civil
exigir que os governantes do Executivo, Legislativo e Judiciário recusem,
terminantemente, mecanismos políticos que, disfarçados de solução, aprofundam a
exclusão social e alimentam a violência, entre os quais o estado penal
seletivo, as tentativas de redução da maioridade penal, a flexibilização ou
revogação do Estatuto do Desarmamento e a transferência da demarcação de terras
indígenas para o Congresso Nacional.
Os bispos defendem que a superação da
crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção; pelo
incremento do desenvolvimento sustentável e pelo diálogo que resulte num
compromisso comum entre os responsáveis pela administração dos poderes do
Estado e a sociedade. "O Congresso Nacional e os partidos políticos têm o
dever ético e moral de favorecerem a busca de caminhos que recoloquem o país na
normalidade. É inadmissível alimentar a crise econômica com uma crise política
irresponsável e inconsequente".
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