Por Dedé Rodrigues
Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa
Tabira em Tempo. Primeiro do que tudo fora
Temer. A Gestão da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti promoveu na sexta-feira,
12 de agosto de 2016, uma grande festa para homenagear os atletas, ex-atletas,
funcionários e ex-funcionários. O Mestre de Cerimônia foi o Radialista Júnior
Alves que fez uma linda homenagem à Escola e aos atletas no início dos
trabalhos. Este evento é a culminância de uma rica semana pedagógica, com
vários eventos como o interclasse, dia do estudante, gincana pedagógica,
recepção do Secretário da Educação de Pernambuco etc. Nessa reflexão pretendo
apontar a relação que há desses lindos e grandes eventos promovidos pela nossa escola
com a jovem democracia brasileira. Leia mais abaixo e veja mais fotos dos
eventos do Site do Arnaldo e do Blog Tabira de Todos.
Penso meus amigos e amigas que um evento tão lindo como esse
só foi possível numa escola democrática que
é parte de um país que ainda respira democracia. A gestora atual Solange Morato, na sua fala
agradeceu a todos os atletas, ex-atletas, funcionários e ex-funcionários
presentes. Foram 11 títulos regionais
ganhos pela escola, cujos títulos foram
lembrados um a um por atletas atuais que desfilavam no auditório e colocavam uma estrela simbolizando cada título num painel em
frente a todos os presentes. Mas o título mais aplaudido foi o deste ano de
2016 que levantou todo mundo no
educandário num intenso aplauso feliz. A Cantora Alexsandra fez uma linda
apresentação com música e dança com alunos, destacando o Hino da escola que
fala de cidadania e de democracia. As presenças de personalidades como Mouzart
Valadares e sua mãe, Dona Adelaide,
esposa de Solom Pires. Ex-atletas e atletas como Dedé Monteiro, Beton, Nildinho, Célio,
Socorro Ramalho, Vinícius, entre tantos outros presentes no evento, que
lotaram o grande auditório da escola,
reforçam a minha tese sobre as benesses da democracia brasileira. Penso que os títulos da escola, a projeção dessas lideranças citadas e
personalidades, entre tantas outras presentes e, até o gostoso jantar com direito a música
popular e de qualidade ao vivo, com cantou a prata da casa, Beu,
só foram possíveis depois da Ditadura Militar, com a redemocratização do país, com os
benefícios da Constituição Cidadã de 1988,
a exemplo da adoção do concurso público e dos aumentos de verbas para a
educação, especialmente com Lula e Dilma. A democracia é a mãe dessas conquistas, sem ela
eu não estaria contando essa história para vocês.
Para reforçar o que afirmo acima, tive agora a alegria de lembrar, embora não tenha
externado publicamente lá na escola, das Diretoras Donatila, a querida Tilinha e e
a querida Rubenita, que permitiram e, até estimularam a existência de um Grêmio Estudantil atuante
na escola, ainda com o nome do estudante Edsom Luis, assassinado pela Ditadura Militar
porque estava em uma passeata no Rio de Janeiro defendendo a legalização dos
grêmios nas escolas do Brasil. As
gestões da escola dessas duas gigantes, Tilinha e Rubenita, bem como as
gestões estudantis dessa época, final
dos anos 80 e durante boa parte dos anos 90, com todo respeito ao legado das
outras gestões, tiveram uma atuação, ao
meu ver, diferenciadas, inéditas na escola e nessa região do Pajeú,
que agora está sendo resgatada pela gestora Solange e pode ser lembrada também pela
atuação dessa nova gestão gremista, encabeçada
pelo aluno Eduardo, que tem tudo para ser diferenciada em relação às últimas
gestões do grêmio, podendo, quem sabe,
até resgatar a linda história do
movimento estudantil na escola.
Como parte integrante dessa linda história da Escola Arnaldo
Alves, nessa semana pedagógica, tive a
oportunidade de refletir com os meus colegas e alunos sobre essa caminhada
democrática, agora ameaçada no Brasil por um golpe de Estado. Tive a
oportunidade de refletir com os meus
alunos e colegas, que escola, que país e que mundo queremos e
estamos construindo? Como podemos
construir uma escola e uma educação mais democrática com esse golpe que traz o
perigo de implementação no país de um projeto chamado “escola sem partido”, que nada mais é do que a volta de uma nova ditadura
para o país e para a escola? Esse projeto, nada mais é do que um projeto
ideológico de direita que tenta por uma mordaça nos professores e nos alunos. Como podemos
construir um mundo de paz se esse governo interino reduz a importância do país
no cenário internacional, agride nossos países vizinhos que não praticam essa
política anti-pátria e reduzem os nossos direitos sociais, as
nossas liberdades individuais e coletivas?
Nesse período
festivo, tive a oportunidade também, com
outros professores, de resgatar a
História de Arnaldo Alves Cavalcanti com os nossos alunos, por iniciativa da
nossa querida gestora Solange. Aliás, penso que se já tivesse sido implantado
no país esse famigerado projeto, escola
sem partido, teríamos tido um agente da nova ditadura para impedir a linda
mobilização da gestão, professores e alunos, com apoio integral do Grêmio
Estudantil, por intermédio de um abaixo assinado, que foi entregue ao Secretário da Educação do
Estado de Pernambuco, reivindicando a climatização do Auditório Dedé Monteiro,
das salas de aulas, entre outras reformas que faltam na escola. É possível até
presumir que com o “escola sem partido”, na melhor das hipóteses, teríamos um
processo para demitir toda a gestão, os professores envolvidos nesse abaixo
assinado e a demissão integral da direção do Grêmio. Na pior das hipóteses fechariam a Escola
Arnaldo Alves. Por que professor? Ora! Todos da escola não tomaram partido com
essa ação? Qual partido professor? O partido da escola! No projeto “escola sem
partido não é proibido tomar partido? Bem: Essa ideia atrasada do “escola sem
partido” só poderia ter tomado corpo no Governo golpista de Temer, reforçado
pela cabeça do ator pornô Alexandre Frota, que, segundo ele, passou dois anos vivendo e fazendo amor na cama, com o Pastor Marcos Feliciano, aquele do
“projeto cura gay”, que agora está sendo
acusado por uma jovem de tentativa de estupro. Me poupem dessa aberração do
escola sem partido! Por isso não poderia finalizar essa minha humilde reflexão
sem dizer bem alto e em bom som: Abaixo
o golpe! Morte ao projeto “escola sem partido”! Vivam os atletas e o esporte da EAAC? Vivam a liberdade e à
democracia brasileira!










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