Por Dedé Rodrigues
II PARTE
Na quinta-feira, 08 de junho de 2017, eu, e o Secretário de Agricultara Beto Santos participamos do Seminário de Tecnologia e Empreendedorismo para o Semiárido Pernambucano, oferecido pelo SEBRAE, no ITEP de Serra Talhada para “Conhecer e divulgar tecnologias para o Semiárido de Pernambuco e fortalecer a capacidade empreendedora desse região. O evento teve como palestrante inicial, neste segundo dia, Antonio Vaz do ITEP que falou orgulhoso da experiência que adquiriu no tempo que passou na China dizendo que “carrega um pedaço da China no seu coração”. Conforme ele “inovar é gerar alguma coisa nova de forma integrada, pois a pessoa precisa fazer melhor aquilo que faz”. Na sua intervenção ele defendeu a questão da sustentabilidade e disse que o ITEP é procurado pelo comprador estrangeiro para saber a qualidade do produto que é exportado no tocante a agrotóxico. Quanto menos veneno, mais possibilidade de venda.
Na quinta-feira, 08 de junho de 2017, eu, e o Secretário de Agricultara Beto Santos participamos do Seminário de Tecnologia e Empreendedorismo para o Semiárido Pernambucano, oferecido pelo SEBRAE, no ITEP de Serra Talhada para “Conhecer e divulgar tecnologias para o Semiárido de Pernambuco e fortalecer a capacidade empreendedora desse região. O evento teve como palestrante inicial, neste segundo dia, Antonio Vaz do ITEP que falou orgulhoso da experiência que adquiriu no tempo que passou na China dizendo que “carrega um pedaço da China no seu coração”. Conforme ele “inovar é gerar alguma coisa nova de forma integrada, pois a pessoa precisa fazer melhor aquilo que faz”. Na sua intervenção ele defendeu a questão da sustentabilidade e disse que o ITEP é procurado pelo comprador estrangeiro para saber a qualidade do produto que é exportado no tocante a agrotóxico. Quanto menos veneno, mais possibilidade de venda.
Para a representante da SUDENE e Coordenadora do Meio
Ambiente, Helena Castro em sua palestra com o tema “Desafios e oportunidades
para o Semiárido”, apesar dos cortes profundos do Governo Federal, para ela “o
problema maior para o desenvolvimento inclusivo e sustentável do Semiárido não
é a ausência de recursos, mas a falta de projetos, essa é minha frustração, diz ela.
Por último, o Dr. Lucio, Promotor de Justiça e criador de
cabra, forte conhecedor da nossa realidade e entusiasta de um desenvolvimento
autônomo em nossa região, abrilhantou o
seminário com uma importante palestra
sobre os benefícios do leite de cabra. Para ele “é preciso a gente criar uma
alternativa de convivência social em nossa região e defende a criação de cabras
como uma saída importante”. Ele disse que o preconceito com o cheiro da carne
de bode está diminuindo no Pajeú. Apesar do cheiro do bode atrair as cabras,
ele não deve ficar na carne e, para isso, exige-se um manejo para retirá-lo. Dr. Lucio
encanta a todos falando como é surpreendente os benefícios do leite de cabra.
Segundo ele “há muita ignorância ainda sobre isso, inclusive de médicos que
trabalham na “medicina comprada.” Esse
leite é rico em flúor, evitando cáries em crianças, é rico em cálcio. Conforme
pesquisas o leite de cabra é bom para o coração, previne doenças degenerativas
é cicatrizante e cura gastrite e até úrcera.
Seve para as mulheres, retarda a velhice da pele, combate o câncer de
mana, tem função antioxidante, combate os radicais livres. O leite de cabra
neutraliza as gorduras ingeridas no organismo. Até quem tem diabetes pode
ingerir o leite de cabras, nas suas devidas proporções, pois ele tem baixo teor
de gordura. “O leite de cabra é como se
fosse o ouro branco para o desenvolvimento da nossa região”, disse ele.
LEIA UM
PANFLETO COM OS BENEFÍCIOS DO LEITE DE CABRA:
Aumente o tamanho da foto para ler.
Aumente o tamanho da foto para ler.
Dr. Lucio concluiu a sua
intervenção dizendo: “estamos propondo um modelo mais inclusivo, mais agregador
e mais sustentável com a caprinovinocultura”. Segundo ele a isso se pode chamar
de “transparência alimentar”, as pessoas devem saber dos benefícios e dos
malefícios dos alimentos. Ele defende um modelo que a gente produza aqui e
consuma aqui, pois a multinacionais podem trazer algum desenvolvimento, mas transferem as nossas riquezas para os
países de origem.
Cabe aqui na conclusão dessas duas partes do Seminário algumas
ideias que me parecem pertinentes aos debates tão importantes e de tão alto nível. Se é verdade que o conhecimento com a
contratação de mestres e doutores está sendo compartilhado nessa região, penso
que os nossos mestres e doutores precisam ir além dos muros das universidades por
intermédio da multiplicação de seminários como esse oferecido pelo Sebrae. Penso
também que as políticas públicas precisam se tornar mais eficientes, seja pelo aporte
de mais recursos, seja com a redução da burocratização de acesso a ele. Não acredito que podemos dar esse salto tão
sonhado pelos palestrantes com as políticas do governo atual de fortalecimento
do mercado financeiro e a redução do papel do Estado como indutor do nosso
desenvolvimento. Porém comungo da opinião de que o nosso atraso cultural é
fator de entrave ao nosso desenvolvimento e a falta de elaboração de projetos,
que dificulta o acesso ao crédito por nós, é consequência também disso. Há que se despertar no nordestino e, particularmente no sertanejo, a vontade de usar novas tecnologias e crescer.
Mas é preciso aumentar e muito o nosso acesso ao crédito bancário, com juros mais accessível, desburocratizando
os financiamentos de projetos. Penso que o Sebrae vai jogar um papel muito
importante para quebrar a resistência dos sertanejos ao conhecimento e as novas
tecnologias. E concluo: o Estado tem que
ter um papel primordial para o desenvolvimentos de projetos no Semiárido fomentando as benesses produzidas pelas leis
do mercado.
Mesmo com todas as adversidades e dificuldades, eu acredito que com o conhecimento da nossa realidade concreta, com a criatividade, com ciência e tecnologia e uma política de Estado nós transformaremos o Semiárido brasileiro e o Sertão num paraíso aqui na terra.
Foto de funcionários da Secretaria de Agricultura de Serra Talhada no ato de doação de plantas para a Secretaria de Juventude e Meio Ambiente de Tabira.
0 comentários :
Postar um comentário