sábado, 10 de junho de 2017

É PRECISO CONHECER O SEMIÁRIDO PARA TRANSFORMÁ-LO


Por Dedé Rodrigues

I PARTE

Eu tive a felicidade e a oportunidade de participar do Seminário de Tecnologia e Empreendedorismo para o Semiárido Pernambucano  oferecido pelo  SEBRAE nos dias 07 e 08 de junho de 2017 no ITEP de Serra Talhada que teve como objetivo “Conhecer e divulgar tecnologias para o Semiárido de Pernambuco para fortalecer a capacidade empreendedora desse região”. Na ocasião, eu pela Secretaria de Juventude e Meio Ambiente e o Secretário de Agricultura de Tabira, Beto Santos, com apoio de Prefeito Sebastião Dias,  assistimos a 08 intervenções de especialistas que mergulharam fundo em nossa realidade mostrando as nossas limitações, capacidades e potencialidades desconhecidas para a grande maioria dos sertanejos. A conclusão que cheguei é a de que com o  conhecimento da realidade, com a criatividade, com ciência e tecnologia e uma política de Estado nós transformaremos o Semiárido brasileiro e o Sertão num paraíso aqui na terra. Veja abaixo as fotos do encontro e leia um pequeno resumo das intervenções da quinta-feira. 


 Luciano Duque, Prefeito de Serra Talhada, disse que “vivemos a agricultura de 500 anos” dando ênfase ao nosso atraso tecnológico, embora temos algumas experiências no campo  que evoluíram bastante, quando comparada a agricultura dos índios e dos primeiros colonizadores, a exemplo de Petrolina, mas isso é muito pouco, comparado ao que falta e ao que podemos realizar, conforme mostraram os palestrantes.
O Gerente do SEBRAE , Alexandre Alves é bastante otimista em ralação as nossas potencialidades, segundo ele: “é possível criar um mundo de oportunidaes envolvendo, produtores, empresários e prefeituras”. “É possível o Semiárido ser vanguarda em desenvolvimento”. A palavra chave é INTEGRAÇÃO.  
O Gerente do IPA Gerado Eugênio deu ênfase ao trabalho que já vem sendo feito por esse instituto  em “pesquisa, difusão inovação de tecnologias para o Semiárido com diversas culturas”. Ele deu um destaque especial para a economia local da cultura da cebola que tem dado mais resultado do que a cana de açúcar. Segundo ele “os americanos têm satélite nos espionando para orientar os produtores de lá”. Em outras palavras é preciso explorar as nossas potencialidades produtivas para não ficar sempre atrás dos outros.  
O Secretário de Micro e Pequenas Empresas, Trabalho e Qualificação do Estado de Pernambuco”, Alexandre Morais abriu as falações da tarde na quarta-feira. “ A falta de  tecnologia produz exclusão e desigualdade.  Para ele o governo do Estado está enfrentando essa realidade, pois pretende ampliar as redes digitais de comunicação colocando uma rede de alta velocidade para Serra Talhada. A ideia é ampliar o desenvolvimento da inovação inclusiva com o aumento da produtividade. Em resumo “se antes era 10 anos para um produto novo derrubar o outro, hoje entra de repente no mercado e derruba o concorrente”. “hoje galinhas são criadas em viveiros na Europa, isso é uma ameaça aos concorrentes.” Existem milhões de pessoas maquinando em frente a um computador,  criando um jeito de derrubar o que você faz, trazendo sempre uma novidade”. A lei é “ou você inova ou você morre”.

Para o último palestrante da quinta-feira, Gherman Garcia, pesquisador da EMBRAPA,  “não temos ainda uma política de Estado para apoiar a agricultura no Brasil”. Segundo ele “ Os cinco maiores problemas da humanidade são: energia, água, alimento, ambiente e pobreza”.   “2 bilhões de pessoas vivem em terras semiáridas, com poucas chuvas”.  No planeta quanto mais gente, mais precisa de alimento e mais se usa a água. Para agravar essa situação entre nós temos mais de 60% do Bioma Caatinga sofrendo o risco de desertificação. Para ele o problema do aquecimento global é uma realidade, pois com o aumento de 2 a 4 graus podemos ter uma redução de 15% no volume de chuvas. Segundo Gherman o nosso grande aliado no enfrentamento dessas adversidades é a ciência e a tecnologia. E cita como avanços a interiorização das universidades e dos cursos de pós-graduação.  Segundo ele “mais de 6 mil mestres e doutores foram contratados para partilhar conhecimentos”.  Mas resta perguntar na conclusão desse primeira parte: até que ponto esse conhecimento está sendo compartilhado? É possível esses especialistas saírem dos muros das faculdades para compartilhar o conhecimento com o povo? Até que ponto as políticas públicas tem sido eficientes? Como cobrar efetivamente que o Estado seja indutor do nosso desenvolvimento?  Como despertar no sertanejo a vontade de crescer por intermédio da produção e da inovação? A política ultraneoliberal do Governo Temer fomenta ou entrava ao nosso desenvolvimento?   






















































   

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