domingo, 9 de julho de 2017

CONQUISTAS SOCIAIS, ÉTICA E DEMOCRACIA POPULAR


REFLEXÃO DA SEMANA N. 97
 Por Dedé Rodrigues
 ÚLTIMA PARTE
A conclusão da reflexão que iniciei na outra matéria abordando algumas lutas e o voto consciente dos trabalhadores rurais no país que arrancaram das nossas elites algumas conquistas, bem como o difícil, mas necessário trabalho de todas as instituições sociais na formação de outro ser humano e de outra sociedade com justiça social,  destaco aqui no final da matéria  a nossa longa caminhada rumo a uma democracia popular, algo ainda distante no Brasil, principalmente com esse governo golpista, mas um desafio permanente para gestores públicos nos três níveis de poder  e um grande desafio para o movimento popular organizado. Leia mais abaixo e veja mais fotos da reunião da Comissão do programa Seguro Safra em Tabira


Para argumentar em cima da questão da democracia popular destaco a terceira e última reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural de Tabira, na qual foi  criada uma comissão, por iniciativa de Daniel do IPA  para administrar o seguro safra no município, na sexta-feira, 07 de julho de 2017.  A Comissão tem como  integrantes o próprio IPA, o  Sindicato Rural, o Conselho e a Prefeitura local e tem como objetivo tornar mais probo e transparente o alistamento dos agricultores que se enquadram nos critérios do seguro safra. Aqui percebe-se um avanço democrático, pois antes só o IPA concentrava essa tarefa. A Comissão já discutiu diversos problemas relacionados com o programa e decidiu reunir-se toda sexta-feira para ajustar o programa aos critérios propostos. 

De toda essa discussão democrática nas reuniões, destaco a questão da proposta da   participação do Conselho de Desenvolvimento Rural no Orçamento Municipal de Tabira de 2018, apresentando alguma proposta para zona rural. Nada contra, até porque a democratização do orçamento faz parte da democratização da sociedade. Essa é uma luta antiga das forças progressista de Tabira, com destaque para a tentativa do PC do B de implantar,  com aliados em vários governos anteriores desde o início dos anos 90,  mas infelizmente as nossas forças  políticas partidárias, a exceção daqueles partidos mais à esquerda, não amadureceram o suficiente para colocar em prática uma proposta que até agora tem estado mais na teoria, apesar dos avanços do atual governo no campo, que não abordarei nessa matéria.

Na conclusão desse tema sobre o orçamento participativo cabe também destacar as críticas na reunião as reformas do governo do ilegítimo Temer: teto dos gastos, reforma educacional, terceirização, reforma trabalhista, reforma política e reforma da previdência,  que estão levando o país  rumo ao século XIX. O Orçamento da união no período do PT e aliados, houve um certo avanço com a participação da sociedade,   mas agora depois do golpe o povo está literalmente  excluído das discussões e do montante dos recursos pela perda  dos seus direitos com essas reformas e, para piorar,  além da entrega das nossas riquezas para o exterior, esse  governo ilegítimo  dar de mão beijada  do nosso orçamento anual,  quase 45%  para os agiotas em pagamento dos juros da Dívida Pública, é a chamada ”bolsa banqueiro” que muita gente não sabe. 

Se na esfera federal a coisa está muito feia em se tratando de avanço democrático, no Governo do Estado a situação não é muito diferente. O Governo Paulo Câmara foi muito criticado nessa reunião por não ter colocado “nem uma cacimba no campo” durante esse mandato, conforme frase do presidente do Conselho, Joel Mariano. A situação está tão difícil no campo para o Governo do PSB (Partido Socialista Brasileiro), que o Conselho Rural de Tabira decidiu convocar o representante do Governador no município, Zé de Bira, para uma reunião no dia 08 de julho de 2017, no sindicato para tentar intervir junto ao governo para salvar as cisternas que não vieram, entre outros projetos no campo que estão praticamente parados. 


Diante do exposto cabe a todos os tabirenses que têm alguma consciência política lutar para que o Brasil tenha de fato um governo federal eleito pelo povo, de preferência um governo democrático e popular, o que a meu ver  só com eleições diretas já. Não dar para cair no canto da sereia de que “o tempo é pouco até 2018 e que há um acordão entre as elites, inclusive com  Lula,  para esperar até lá”. Essa é uma propaganda falsa que interessa as  elites, até porque pode-se aprovar também a antecipação das eleições no Congresso Nacional, mas isso também depende da correlação de forças e do avanço no nível de organização, de lutas e do aumento da  consciência dos camponeses  e das massas trabalhadoras,  como é  o caso de parar com essas reformas ultra neoliberais do golpista Temer e da implantação do orçamento participativo nas três esferas de poder, entre outras medidas democráticas.  




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