terça-feira, 24 de outubro de 2017

Comunistas de Pernambuco realizaram a sua 20ª Conferência


Por Dedé Rodrigues
Com informações de Audicéa Rodrigues
Do Recife


O PCdoB de Pernambuco realizou no sábado,  (21) e domingo (22) sua 20ª Conferência Estadual preparatória ao 14º Congresso Nacional do partido, que acontece em novembro próximo. O evento ocorreu em 23 estados do Brasil nessa data e analizou a crise do capitalismo, sistêmica e estrutural pela  camarada Madalena Guasco, filósofa, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP e membro do Comitê Central do PCdoB.


Em seguida foi a vez de Renildo Calheiros, ex-prefeito de Olinda e membro dos comitês estadual e nacional falar sobre a conjuntura política e eleitoral para 2018. A programação da conferência foi retomada às 14h com a palavra franqueada aos participantes até o início da apresentação do balanço do Comitê Estadual cessante, a cargo do atual presidente do CE, Alanir Cardoso


No domingo (22), os trabalhos continuaram às 9h e se estenderam até às 13h. Das 9h às 11h, debate ficou a cargo dos participantes, que se revezarão ao microfone até às 11h, quando atuaou a Comissão de Resolução da Conferência. A parir das 12h foi o início do processo de votações para a nova direção estadual e dos delegados ao 14º Congresso Nacional. Em seguida, foram anunciados os nomes dos dirigentes do Comitê Estadual de Pernambuco para o biênio 2017-2019, bem como da delegação que representará o estado no congresso comunista em São Paulo.


A 20ª Conferência Estadual do PCdoB de Pernambuco aconteceu no Centro de Formação e Lazer (CFL) do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev), localizado na BR 101 – Km 57, bairro da Guabiraba, Zona Norte da capital.

Balanço da gestão cessante

Na minuta do balanço do biênio 2015-2017, que foi submetida ao plenário da 20ª Conferência, a direção cessante fez uma avaliação do contexto político nos últimos dois anos, com destaque para “a grande instabilidade política, provocada pela ascensão das forças conservadoras do país, através de um golpe judicial e parlamentar, ao centro do poder da República e que, desde então tem provocado uma dispersão nas forças populares, além de dar prosseguimento a uma agenda ultraliberal em andamento”.

O quadro eleitoral em 2016 foi também objeto da análise dos dirigentes. “Destacou-se ainda, nas eleições de 2016 a mudança das regras eleitorais, que obrigaram as eleições a acontecerem de forma mais rápida, diminuindo o tempo de campanha na TV e rádio, tornando o debate acerca do futuro das cidades rápido, difuso e despolitizado. Acrescenta-se a isso, o fim do financiamento empresarial de campanha”. 

Segundo ainda o documento, “em que pese a dispersão das forças de esquerda no estado, o saldo eleitoral foi positivo para nossas forças, visto que os candidatos representantes da Frente Popular obtiveram vitórias importantes, com destaque para a reeleição de Geraldo Júlio à prefeitura do Recife, com participação ativa e em posição de destaque do PCdoB na chapa majoritária, através da participação do camarada Luciano Siqueira como vice-prefeito, o que realça o acerto tático do PCdoB na cidade”.

O balanço incluiu também a avaliação das atividades partidárias de abrangência interna e externa. “Em linha geral o Partido correspondeu às diretrizes definidas na sua 19ª Conferência Estadual e empreendeu, dentro das possibilidades que o contexto político permitiu e exigiu uma ampla gama de atividades”. 

No documento, a direção cessante comentou detalhadamente as diversas atividades realizadas distribuídas nas áreas de (a) Organização, subdivida em três aspectos: O Partido no enfrentamento ao golpe; A estabilidade política da direção estadual; Estruturação partidária; (b) Finanças; (c) Frente Sindical; (d) Juventude; (e) Movimentos Sociais; (f) Comunicação; (g) Formação e Propaganda. 
Destaca-se também a unidade do partido nas votações das resoluções em plenário e abaixo eu publico a minha intervenção em poesia. 



Com informações de Audicéa Rodrigues
Do Recife



O BRASIL E O GOLPE: (NOS DEZ DE GALOPE NA BEIRA DO MAR)

Por Dedé Rodrigues

O fascismo se espalha por essa nação
Alimenta e provoca atrito e maldade
Tentando afogar nossa “mãe”  liberdade
Nas águas mais turvas de um mar de opressão.
A mídia e a direita selaram a união
Para o poder da esquerda usurpar
São neoliberais, só sabem entregar...
E a nossas riquezas  aos gringos “vender”...
O povo mais pobre é quem vai mais sofrer
Nos dez de galope na beira do mar.

O nosso Brasil é um país de esperança
Tão rico, tão lindo,tão forte e tão bravo
De um povo altivo que não quer ser escravo
Do Império do Norte que só pensa em matança. 
Gigante no mapa, tem muita pujança,
Riqueza no solo pra gente explorar.
Quem ama o Brasil precisa lutar
Do jeito que um pai defende o seu filho
Não deixe essa pátria sair do seu trilho
Nos dez de galope na beira do mar. 

O nosso país tinha sido plasmado
Devido a um povo que tem altivez
Trocou um doutor, tucano e burguês
Por um operário e petista arretado.
Quem passava fome foi alimentado
Por que o governo mudou seu olhar,
Enxergou  os pobres que estavam a penar
Num mar de desgraças e de sonhos perdidos,
Pois sempre estiveram da renda excluídos
Nos dez de galope na beira do mar.

Seguindo a mudança nosso  povo votou
E elegeu uma mulher pra seguir no comando,
Assim o Brasil prosseguia mudando,
A mesma mudança que atrás começou.
Porém a elite que sempre mamou
Queria de novo voltar a mamar,
forjaram um crime pra Dilma tirar
Com um golpe nefasto e de cunho fascista,
Só não viu este golpe quem “sofre da vista,”
Nos dez de galope na beira do mar.

Quem ama o Brasil defende o país
Daqueles que querem só ele explorar,
Defende o direito da gente se amar
Num Édem de paz vivendo feliz.
Defende a justiça, mas diz ao Juiz
Que respeite as leis quando for julgar.
Defende o direito da gente votar,
Mas  também o direito de quem foi eleito,
Derrota esse golpe e exije o  respeito
Nos dez de galope na beira do mar.

Brasil das reformas que estão por fazer
Por que a nossa  elite é muito atrasada.
A mídia hegemônica está tão concentrada
Que ainda aliena quem liga a TV.
Quem ama o Brasil precisa saber
Que sem “as reformas” nós vamos parar...
Pior do que isto, o Brasil vai voltar
No tempo e na História com mais retrocesso,
Se lasca o Brasil e se lasca o Progresso
Nos dez de galope na beira do mar. 

Brasil das riquezas nas mãos d’uma elite
Com muitos sem terras, sem educação...
Repleto de escândalos de “corrupção”
Que as causas reais a Globo omite.
Por isto a você eu faço um convite:
Desligue esta máquina de alienar,
Se junte comigo e vamos lutar,
Peitando a direita e peitando essa  Globo
Mostrando que o povo deixou de ser bobo
Nos dez de galope na beira do mar. 

O nosso congresso é conservador
Porque tem mandatos que foram comprados
Devido a um “monte” de alienados
Que trocam o seu voto até por favor...
Se junte comigo prezado eleitor
Por uma reforma que possa acabar
Com aqueles que vivem de voto a comprar
Bancando o dinheiro de toda eleição
Mamando nas tetas da corrupção
Nos dez de galope na beira do mar. 

Nossa pátria precisa da reforma agrária
Pra ter mais comida em cima da mesa,
Vamos dar valou a classe camponesa.
Vamos reunir a classe proletária.
Acabar de vez com a aflição diária.
Pois quem mais trabalha só vive a penar.
As grandes fortunas nós vamos  taxar
Pondo fim um dia a este desgosto
De que só o pobre é quem paga imposto
Nos dez de galope da beira do mar.

No Brasil é preciso mais democracia
Com mais liberdade pra se respirar...
Que nenhuma voz se deixe calar
Diante do algoz que a silencia.
Quem quer o direito como garantia
Defende o direito de se expressar,
Falar a verdade em todo lugar
Na Globo, na Band ou no SBT
Dizer o que pensa, botar pra “fuder”
Nos dez de galope na beira do mar.   

São tantas reformas que estão por fazer
Que o nosso país continua atrasado,
Mas só com a presença maior do Estado
O nosso progresso irá florecer.
Os neoliberais não querem saber
Que as classes mais baixas possam prosperar,
Pois eles defendem o mercado no” altar” 
Mais lucro e mais juros pra o rico reclama
Que o pobre se dane e lasque na lama
Nos dez de galope na beira do mar 


Quem ama o Brasil e ama o progresso
Se engaja na luta por mais liberdade,
Defende as reformas no campo e cidade,
Combate com os outros qualquer retrocesso...
Rebate essa  elite e fica possesso
Pois nossos direitos ela quer acabar.
Se “arma” com os outros e vai protestar...
E avisa aos que querem nos ver como escravo:
Que é muito melhor morrer como bravo
Nos dez de galope na beira do mar.



A hora é de luta e de muita união,
Quem enxerga estreito não pode ajudar.
quem for contra Temer nós vamos juntar,
Pois na sua quadrilha não falta ladrão.   
Defenda um projeto para essa nação,
Para esse país de fato mudar,
Pois só vence a luta quem sabe somar,
Quem tem paciência e conhece a História
Quem não perde o rumo consegue a vitória
Nos dez de galope na beira do mar.


Que viva o Brasil com educação
Com mais liberdade, saúde e lazer.
O país precisa se  desenvolver
E honrar seu “status” de grande nação.
A palavra de ordem é “libertação”,
É hora do povo unido lutar,
Pois a grande nação precisa acordar
Do jugo opressor que a faz dependente
Forjando na luta um futuro descente
Nos dez de galope na beira do mar.

      
Tabira, 08 de março de 2015. Refeito em 20 de outubro de 2017.
Dedé Rodrigues, Presidente do PC do B de Tabira - PE, Poeta, Pós graduado em Programação do Ensino de História e Professor do Estado de Pernambuco.












































 
 

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