Meu alunos do Ensino Médios são testemunhas. Sempre que começo o curso sobre História Antiga, no primeiro ano, digo a eles que tudo relacionado à história na antiguidade carece de cuidado contra absolutizações, tanto no que diz respeito às idades estabelecidas pela arqueologia/historiografia quanto às características daquelas sociedades. Por um motivo simples: arqueologia, antropologia e história são ciências e as ciências - em todos os campos - também evoluem, ou seja, as pesquisas, descobertas e tecnologia empregadas na interpretação/reconstituição do passado avançam muito de tempos em tempos o que nos leva a mudar, reavaliar, reconstruir, elementos tidos como definitivos sobre a relação tempo-espaço-cultura dos povos antigos.
As datas estão cada vez mais recuadas e com tendência de serem ainda mais antigas, tanto para a evolução humana como para o desenvolvimento das civilizações. Ao contrário das religiões que dão a mesma explicação há milênios, a ciência se vê em permanente processo de reconstrução dos próprios paradigmas.
Ciência não pode ser dogma. Por isso me encanto sempre com novos achados. Como, por exemplo, essa descoberta espetacular revelada dia 12 de fevereiro no El País, sobre um extenso conjunto de edificações Maias cobertas pela Selva na Guatemala. Estimam que ali estão cerca de SESSENTA MIL EDIFÍCIOS que teriam abrigado uma população de até DEZ MILHÕES DE PESSOAS! A tecnologia empregada foi o raio lazer, que permite "enxergar as construções sob a selva. Espetacular! Imagine quando começarem a explorar essas ruínas. Como não amar a ciência?
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