sexta-feira, 12 de outubro de 2018

CORDEL DA RESISTÊNCIA AO FASCISMO

Por Dedé Rodrigues

Minha boca sufoca um grito
Vendo tanta insanidade!
Meu coração bate forte
Pulsando por liberdade.


O meu semblante enrijece
Quando eu sinto a maldade
Que recai sobre os mais pobres
Da nossa sociedade.

 Eu vi nascer a serpente
Que estava sendo chocada
 Pela  “mídia e a justiça”,
Ao invés de ser abortada.

 Pessoas vão para as ruas
Com tanto ódio estampado
Que atropelam as minorias,
Como um “gado mascarado”.

Já temos vidas ceifadas
 Por esse monstro criado.
Quantos terão que morrer
Nesse “holocausto” criado?

Marieli, Mestre Moa,
Rostos são desfigurados.
O mal se espalhando rápido,
parece desembestado.

Até o símbolo da suástica,
Foi numa jovem marcado,
Dando a dimensão do monstro:
Do  Hitler ressuscitado.

Quantos terão que morrer?
Ter o seu sangue jorrado
Para acordar esse povo
Que está descordado?

E a minha “galera jovem”,
Com seus direitos tirados!
Qual futuro terá ela
Nesse país conflagrado?

E a jovem democracia
Com pouco tempo contado
Será de vez destruída
Deixando  um curto legado?

E a nossa Carta Magna
Fruto de muitas jornadas?
Também será destruída
E as folhas todas rasgadas?

E você que é democrata
Vai segurar o “cajado”?
Combater a tirania
Em prol do tiranizado?

Quantos são os patriotas
No “exército dos soldados”
Que amam de fato a pátria
Por  que não ficam calados?

Quem serão os cidadãos
Que estarão nessa  luta
Pra defender o país
Diante da força bruta?

Quem fica em cima do muro
Tentando imitar Pilatos?
Diante de tantos crimes?
Diante de tantos fatos?

Quem defenderá  o gás:
O petróleo alienado
Em prol dos americanos
Que foi de nós usurpado?

Generais de cinco estrelas?
Soldado aos montes  fardados?
Quem defenderá os pobres
Dos lucros dos potentados?

Quem alimentou o ódio
No coração do “soldado”
Para abraçar uma “causa”
Contra ele próprio? coitado!

Como enfrentar  um poder
Preste a ser instalado  
Com a balança da justiça
Pendendo  só para um lado?

Qual juiz fará “justiça”
Em prol dos descamisados
Que perderão seus direitos,
Já tão poucos,  conquistados?

Não olvide mais esforços
Para juntar todo mundo
Que ama a democracia
Com o seu valor tão profundo.

Vamos retirar o mantra,
Vestido em corrupção,   
Para juntar todo mundo
Que gosta de união.

O “monstro tem mil  cabeças”,
Ninguém sabe a dimensão
Dos disfarces dessa “hydra”
 Se espalhando na nação.

Dispense  o sectarismo,
Que só enxerga o umbigo,
Visão pequena, mesquinha,
Diante do inimigo!

Vamos voltar aos heróis!
Convocar  a nossa  gente”!
Pra derrotar o fascismo
E o veneno da serpente.

Que a paz esteja contigo!
Que os cegos procurem ver!
Que o ódio seja  vencido!
 P’ra um novo dia nascer!

Dedé Rodrigues
2018
Tabira - PE





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