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por Aluísio Arruda
Publicado 28/12/2020 18:41
Cena do filme A Guerra do Fogo, de Jean-Jacques Annaude.
Desde o período da
pré-história chamado de Paleolítico, da Pedra Lascada, o homem das cavernas
vivia em grupos, caçava, se alimentava, agia e pensava coletivamente. Daí o
nome do regime: Comunismo Primitivo.
Após milhares de
anos, evoluíram as condições de vida, de moradia, do trabalho, da saúde, menos
uma questão fundamental: o regime de convívio entre os homens.
Os mais fortes ou
“inteligentes” transformaram outros em escravos, os que formaram impérios
submeteram seus iguais em servos, os capitalistas, na exploração da maioria.
Todo esse processo
insano foi transformando a concepção do homem, do coletivo para o individual. A
“justificativa” passou a ser “cada um por si, Deus por todos”.
O homem
pré-histórico pensava e agia pela sobrevivência da espécie, hoje infelizmente,
a ainda maioria, age, critica, destila ódio, outra vezes prende, tortura e
mata, os que lutam em defesa do coletivo.
Nos períodos
eleitorais, conquista importante dos humanos e da democracia para escolher os
governantes, uma parcela ainda expressiva se utiliza de meios escusos, compra
de votos, fake news e outras safadezas para impor sua concepção
individualista, na maioria das vezes contrária aos interesses coletivos.
Agora, em mais uma
pandemia que se abate sobre a humanidade, esses mesmos que se arvoram de
“inteligentes”, “evoluídos”, se rebelam e agem raivosamente contra a vacina, em
evidente negacionismo e desrespeito à ciência e à vida.
Infelizmente, no
Brasil, essa gente conseguiu levar ao poder o seu representante máximo, o seu
Mito, um imbecil em todos os aspectos, por nome Bolsonaro.
O resultado não
poderia ser outro senão o agravamento dos males que nos afligem, como o aumento
do desemprego, da fome e da pobreza, o assalto aos direitos conquistados, a
carestia dos alimentos, a degradação do meio ambiente, os ataques à democracia
e à liberdade.
Um dos maiores
males está sendo na saúde, onde já morreram mais de 190 mil e foram infectados
mais de 7,5 milhões de brasileiros.
Por incrível esse
governo que mais parece ser parceiro do demônio, nega a ciência, classifica a
pandemia como gripezinha, desmoraliza e desrespeita as medidas de proteção,
pratica aglomerações, e agora combate, desestimula e atrasa a compra de insumos
e da vacina.
Nesse ritmo o
Brasil tende a ser um dos últimos e o mais lento país no processo de imunização
e de proteção da sua gente. O Brasil já é o terceiro pais em número de mortos e
infectados. Será que Bolsonaro quer obter o macabro recorde mundial?
Os que rejeitam a
vacina, na verdade estão a estimular a proliferação do vírus que mata, que
ceifa vidas prematuramente, inclusive de jovens na flor da idade.
Conscientemente ou não, agem contra a evolução e a preservação da espécie
humana.
Nem no período da
Pedra Lascada a história registrou tamanha insensatez.
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