Com a vacinação
ainda em rimo lento, o repique de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e o fim
do auxílio emergencial, a rejeição ao governo Bolsonaro está em 48%
Publicado 03/02/2021 21:52 | Editado 03/02/2021 22:07
A aprovação dos
brasileiros à gestão Jair Bolsonaro continua em queda e já é similar igual à
taxa registrada em julho de 2020, no auge da pandemia do novo coronavírus.
Segundo a nova pesquisa PoderData, realizada de 1º a 3 de fevereiro, o apoio ao
governo caiu cinco pontos percentuais em 15 dias e chegou, agora, a 40%.
Com a vacinação
ainda em rimo lento, o repique de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e o fim
do auxílio emergencial, a rejeição ao governo Bolsonaro está no patamar recorde
de 48%. É a mais alta proporção desde o início de junho, quando o PoderData
começou a fazer a pergunta aos entrevistados. Já faz seis semanas que a
desaprovação ao governo supera a aprovação.
A dificuldade na
reação da taxa de aprovação coincide com o fim por completo do auxílio
emergencial, que beneficiou cerca de 70 milhões de trabalhadores desempregados
ou informais até dezembro de 2020. A popularidade de Bolsonaro foi impulsionada
no período em que os pagamentos estavam sendo creditados.
Os homens (49%), os
que cursaram até o ensino médio (48%) e os moradores da região Sul (61%) são os
que mais aprovam a administração federal. Já os brasileiros de 16 a 24 anos
(54%), os que cursaram até o ensino superior (59%), os moradores da região
Nordeste (59%) e os que ganham de cinco a dez salários mínimos (63%) são,
proporcionalmente, os grupos que mais rejeitam o governo.
“Parece que parte
da população está entrando em compasso de espera para então fazer um juízo
sobre o que vai acontecer mais adiante”, analisa o cientista político Rodolfo
Costa Pinto, coordenador do PoderData. “A aprovação (ao governo) desceu
de 45% para 40%. Os cinco pontos perdidos foram para a categoria de indecisos.
É outro sinal de que o eleitor está entrando em ‘modo de observar’, sem adotar
um dos lados.”
Na avaliação do
trabalho pessoal de Bolsonaro, a rejeição é de 41%, e a aprovação, de 33%.
Ainda há 22% que acham o presidente “regular”. Todas as taxas tiveram leves
variações, dentro da margem de erro, desde o último estudo, divulgado 15 dias
antes.
A rejeição ao
presidente é maior que a aprovação em quase todos os estratos, com exceção das
pessoas sem renda fixa – grupo que concentra grande parte dos beneficiários do
auxílio emergencial. O efeito dos pagamentos ainda pode perdurar algumas
semanas.
A pesquisa do
PoderData ouviu 2.500 pessoas, em 519 municípios das 27 unidades federativas do
Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Com informações do
Poder360
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