Segundo o
Datafolha, 44% dos entrevistados classificaram o governo como ruim ou péssimo
Publicado 17/03/2021 10:46 | Editado 17/03/2021 11:48
Foto: Lula Marques/Fotos Públicas
A população
brasileira rejeita, cada vez mais, a política negacionista e criminosa do
governo Jair Bolsonaro. É o que aponta a nova pesquisa Datafolha divulgada
nesta terça-feira (16). Conforme o levantamento, 54% dos entrevistados avaliam
como ruim ou péssimo o desempenho do presidente na gestão da crise provocada
pelo novo coronavírus. Na pesquisa anterior, realizada em janeiro, esse índice
era de 48%.
Apenas 22%
consideram ótima ou boa a atuação de Bolsonaro frente à pandemia. O índice
anterior era de 26%. A pesquisa nacional do instituto foi realizada por
telefone nos dias 15 e 16 de março e ouviu 2.023 pessoas. A margem de erro do
levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
De acordo com a
pesquisa, 43% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro é o principal culpado
pela situação da crise sanitária. Outros 17% responsabilizam os governadores,
ao passo que 9% culpam os prefeitos e 6% atribui a responsabilidade à própria
população. Além disso, 42% dizem que o presidente deve ser o principal
responsável por combater a pandemia.
Nesta terça, o
Brasil registrou 2.798 mortes por Covid em 24 horas, novo recorde da pandemia,
totalizando 282 mil óbitos desde o início da pandemia. A média móvel de mortes
no país nos últimos 7 dias chegou a 1.976, também um novo recorde. Em
comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 48%, indicando tendência
de alta nos óbitos pela doença.
O levantamento
também aponta uma rejeição crescente a Bolsonaro. Segundo o Datafolha, 44% dos
entrevistados classificaram o governo como ruim ou péssimo. No levantamento
anterior, entre 20 e 21 de janeiro, eram 40%. Os que consideravam o governo
ótimo ou bom eram 31% e agora são 30%. Já os que julgavam regular eram 26% e
agora são 24%. Na série histórica do Datafolha, são os piores números já
registrados pelo governo Bolsonaro.
Na visão de Mauro
Paulino e Alessandro Janoni, diretores do Datafolha, o iminente colapso do
sistema de saúde pôs ainda mais em xeque a gestão Bolsonaro. O aumento
expressivo no número de mortes e o fim do auxílio emergencial também impactaram
os números. “A curva de rejeição ao presidente mantém tendência de alta e
agrega mais quatro pontos aos oito que já tinha crescido em janeiro, depois do
fim do benefício e da crise do oxigênio em Manaus. É um aumento consolidado de
12 pontos percentuais em três meses”, escreveram Paulino e Janoni na Folha
de S.Paulo.
Segundo eles, “a
percepção é de descontrole na gestão da crise pelo governo federal, diante do
avanço lento da campanha de vacinação. A taxa dos que julgam Bolsonaro incapaz
de liderar o país é recorde e seu impedimento, assim como sua renúncia dividem
os brasileiros”.
Com informações da
Folha.com e do G1
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