Por Dedé Rodrigues
A educação interdimensional, portanto, é a educação necessária. Parece que estamos diante de uma ideia cujo tempo chegou. Um tempo de construção de uma educação integradora das diversas dimensões do humano. Antonio Carlos Gomes Costa.
Segundo Costa, (2008) a educação interdimensional vai resgatar na Paideia essas quatro dimensões, propondo um trabalho educativo
baseado não apenas nas disciplinas do logos (razão), mas que envolva também as
dimensões do pathos (sentimento), do eros (corporeidade) e do mytho (relação com as fontes últimas de significado e
sentido da existência humana, a relação com a dimensão transcendente da vida).
Ainda, para
Costa, (2008) a educação interdimensional deve proporcionar aos educandos a capacidade de valorizar
as diferenças, gerir conflitos e manter a paz, desde a participação na vida real na escola, se estendendo para a
comunidade e para a vida social, atuando como parte da solução e não do problema. Pois para
ele, “mais do que uma época de crise, estamos vivendo a crise de uma época. A
relação do ser humano consigo mesmo, com os outros homens, com a natureza e com
a dimensão transcendente da vida está passando por amplas e profundas
modificações”. (Costa, 2008, p. 13). Chegou a hora da Educação Interdimensional.
Nesse sentido consideramos que
a Educação Interdimensional, além de complexa, abarca também
a educação interdisciplinar, à medida que deve educar todo o ser humano, logo deve
envolver todas as disciplinas. Para caminhar na busca desse objetivo proporcionamos aos alunos, na área de História, nesse
primeiro bimestre, por meio de slides,
debates e questionamentos um ambiente virtual profundamente democrático, no qual
eles tiveram a liberdade de ouvir, responder questionamentos e contrapor pontos
de vistas sobre os conteúdos trabalhados de forma contextualizada.
Nos
baseamos no quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser, adicionando temas como: liberdades
democráticas, transformação produtiva, eqüidade social e sustentabilidade ambiental na pauta das
aulas/debates. Vale destacar também que para desenvolver os conhecimentos
cognitivos, a meta foi a prática de uma educação voltada para a vida que promovesse
o desenvolvimento de valores, atitudes e habilidades, com o intuito de sensibilzar os discentes para exercerem o protagonismo juvenil, que deve ter como
fim, o desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências
pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas.
Por fim consideramos que uma formação interdimensional, para abarcar todas as dimensões do ser humano, não pode
está dissociada das crises atuais políticas, econômicas, sanitárias, ambientais, culturais e sociais enfrentadas pela humanidade. Para atingir esse objetivo, com
a contextualização dos conteúdos na área de
história, procuramos provocar e sensibilizar os alunos para desenvolverem
juízos de valores sobre diversos aspectos das crises atuais entranhadas em
paradigamas existentes, para que, como
sujeitos históricos, procurem transformar a si e a realidade ampla e
complexa na qual vivem na busca da paz, da tolerância para com o outro, da sustentabilidade
ambiental, da democracia popular e do bem comum.
Fonte bibliográfica: COSTA, Antonio Carlos Gomes. Educação - Uma perspectiva para o século XXI. Editora Canção Nova: São Paulo, 2008.
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