quarta-feira, 14 de abril de 2021

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO INTERDIMENSIONAL NA ÁREA DE HISTÓRIA

 

Por Dedé Rodrigues

A educação interdimensional, portanto, é a educação necessária. Parece que estamos diante de uma ideia cujo tempo chegou. Um tempo de construção de uma educação integradora das diversas dimensões do humano. Antonio Carlos Gomes Costa. 


Segundo Costa, (2008) a educação 
interdimensional vai resgatar na Paideia essas quatro dimensões, propondo um trabalho educativo baseado não apenas nas disciplinas do logos (razão), mas que envolva também as dimensões do pathos (sentimento), do eros (corporeidade) e do mytho (relação com as fontes últimas de significado e sentido da existência humana, a relação com a dimensão transcendente da vida).

Ainda, para Costa, (2008) a educação interdimensional deve proporcionar aos educandos a capacidade de valorizar as diferenças, gerir conflitos e manter a paz, desde a participação na vida real na escola, se estendendo para a comunidade e para a vida social, atuando como parte da solução e não do problema. Pois para ele, “mais do que uma época de crise, estamos vivendo a crise de uma época. A relação do ser humano consigo mesmo, com os outros homens, com a natureza e com a dimensão transcendente da vida está passando por amplas e profundas modificações”. (Costa, 2008, p. 13). Chegou a hora da Educação Interdimensional.

Nesse sentido consideramos que a Educação Interdimensional, além de complexa, abarca também a educação interdisciplinar, à medida que  deve educar todo o ser humano, logo deve envolver todas as disciplinas. Para caminhar na busca desse objetivo proporcionamos aos alunos, na área de História, nesse primeiro bimestre,  por meio de slides, debates e questionamentos um ambiente virtual profundamente democrático, no qual eles tiveram a liberdade de ouvir, responder questionamentos e contrapor pontos de vistas sobre os conteúdos trabalhados de forma contextualizada.

Nos baseamos no quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a  conviver e aprender a ser, adicionando temas como: liberdades democráticas, transformação produtivaeqüidade social e sustentabilidade ambiental na pauta das aulas/debates. Vale destacar também que para desenvolver os conhecimentos cognitivos, a meta foi a prática de uma educação voltada para a vida que promovesse o desenvolvimento de valores, atitudes e habilidades, com o intuito de sensibilzar os discentes para exercerem o protagonismo juvenil, que deve ter como fim, o desenvolvimento da autonomia, da solidariedade e de competências pessoais, relacionais, cognitivas e produtivas.


Por fim consideramos que uma formação 
interdimensional, para abarcar todas as dimensões do ser humano, não pode está dissociada das crises atuais políticas, econômicas, sanitárias, ambientais, culturais e sociais enfrentadas  pela humanidade. Para atingir esse objetivo, com a contextualização dos conteúdos na área de história, procuramos provocar e sensibilizar os alunos para desenvolverem juízos de valores sobre diversos aspectos das crises atuais entranhadas em paradigamas existentes, para que, como sujeitos históricos, procurem transformar a si e a realidade ampla e complexa na qual vivem na busca da paz, da tolerância para com o outro, da sustentabilidade ambiental, da democracia popular e do bem comum.

Fonte bibliográfica:  COSTA, Antonio Carlos Gomes. Educação - Uma perspectiva para o século XXI. Editora Canção Nova: São Paulo, 2008.

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