Em 2019, o Brasil
tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 11% da população.
Agora, são 35 milhões, ou 16% do total
por Redação
Publicado 25/04/2021 15:21 | Editado 25/04/2021 19:19
Classe média - Wilson Dias/ABr
A chamada classe C,
que ascendeu durante os governos Lula (2003-2011), está sendo empurrada
rapidamente de volta às classes D e E, conforme mostra reportagem publicada
pela Folha de S. Paulo.
Algumas pessoas,
ainda, estão indo direto para a miséria pelas consequências da Covid-19 e da
desorganização das políticas de mitigação da pandemia do governo Jair
Bolsonaro, destaca o jornal.
Segundo a Folha,
pesquisas de diferentes órgãos revelam não só que dezenas de milhões de
brasileiros retrocedem a situações mais precárias desde o ano passado, mas que
suas vidas podem continuar piorando em 2021.
Enquanto classes
mais favorecidas começam a estabilizar a renda ou a obter ganhos, as classes D
e E – cada vez mais numerosas – devem amargar nova queda de quase 15% em seus
rendimentos neste ano.
Isso não só
aumentará a desigualdade social brasileira mas retardará a recuperação
econômica uma vez que esse contingente da população consumirá menos, destaca a
Folha.
Com a paralisação
de muitas atividades em 2020 e a interrupção do auxílio emergencial em dezembro
—só retomado em abril, com valores bem menores—, milhões de brasileiros estão
despencando diretamente da classe C para a miséria.
Em 2019, antes da
pandemia, o Brasil tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou
11% da população, vivendo com menos de R$ 246 ao mês. Agora, são 35 milhões, ou
16% do total, segundo a FGV Social com base nas Pesquisas Nacionais por Amostra
de Domicílios Contínua e Covid-19.
De acordo com a FGV
Social, quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C desde agosto do ano
passado, ápice do pagamento do auxílio emergencial pelo governo Bolsonaro, em
direção a uma vida pior.
A classe E, com
renda domiciliar até R$ 1.205, segundo os critérios da FGV Social, foi a que
mais inchou: cresceu em 24,4 milhões de pessoas. Já a classe D (renda entre R$
1.205 e R$ 1.926) aumentou em 8,9 milhões, indica a FGV
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CLASSE C, CLASSE MÉDIA, CLASSES D/E, CORONAVÍRUS, JAIR
BOLSONARO, LULA, MISÉRIA, NOVA CLASSE MÉDIA
AUTOR
redação do vermelho
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